A seleção brasileira encarou a Arábia Saudita nesta sexta-feira, venceu por 2 a 0, mas ficou longe de convencer. Nem mesmo o técnico Tite, normalmente com declarações elogiosas a seus jogadores, mostrou-se satisfeito com o desempenho apresentado no amistoso realizado em Riad.
"Desde o início, ela (seleção) não teve o desempenho que imaginávamos. Ela teve um desempenho técnico abaixo como equipe. Costuma jogar mais, produzir mais, competir. Tem um nível de concentração maior. Hoje, esteve abaixo", analisou após a partida.
Tite considerou que as mudanças de peças foram fundamentais para o rendimento pouco inspirado do Brasil. Afinal, escalou nesta sexta nomes que não vinham atuando como titulares até a última Copa do Mundo, como Ederson, Pablo, Fabinho, Alex Sandro e Renato Augusto. Ainda entraram Lucas, Walace, Arthur e Richarlison, que tentam ganhar espaço neste ciclo até o próximo Mundial.
"O que teve de normal foi quando a seleção conseguiu neutralizar as jogadas de velocidade da Arábia. Mas aquela equipe em que é normal criar, botar volume, por vezes fazer transições em velocidade, hoje não foi. Também prejudicada, porque quando você mexe com a estrutura básica e começa a colocar jogadores, eles não têm as ligações, as aproximações e as triangulações dos setores. Mas serve para essas observações", apontou.
Mas nem todas as notícias foram ruins nesta sexta. Gabriel Jesus voltou a marcar com a camisa da seleção, pela primeira vez desde o amistoso com a Áustria às vésperas da Copa do Mundo, e Neymar comandou as ações ofensivas. Mesmo sem grande criatividade, o Brasil também teve algumas oportunidades, principalmente no primeiro tempo.
"O time não convenceu, mas venceu porque tem a criatividade na frente, a bola parada. Foram 15 oportunidades e finalizações. Também convenceu na solidez defensiva, mas ela é parcial", comentou Tite.
O treinador confia em um desempenho diferente para o próximo compromisso da seleção, terça-feira que vem, em Jeddah, contra a Argentina. Tite espera que a rivalidade entre as equipes motive o Brasil a ter uma outra postura. "Entre Brasil e Argentina, não tem amistoso nunca", cravou.