Carente de um artilheiro desde o início do ano, o Náutico deposita as esperanças em Yuri Mamute. O atacante, apresentado ontem à tarde, falou da responsabilidade de vestir a camisa alvirrubra e do objetivo de buscar o acesso à Série A.
DESAFIO
Quando eu recebi o convite fiquei muito feliz e aceitei o desafio. Essa vai ser a primeira vez que vou disputar a Série B. Sei que é uma competição com um futebol muito pegado. Não é fácil. A Série B é muito disputada e tem grandes equipes jogando, mas o Náutico tem totais condições de chegar no topo da tabela e se classificar para a Série A. Gallo está nos orientando e estamos trabalhando forte para nos mantermos lá em cima, para que possamos conquistar o nosso objetivo que é o acesso.
APELIDO
Mamute é apelido. Me chamam assim desde pequeno. Nasci muito gordo, com 5,3 quilos.
ARTILHARIA
Eu vim para ajudar o Náutico, independente de ser artilheiro. Não me importo se Ronaldo Alves (que não está mais no clube) é o artilheiro do time na temporada junto com o Jefferson Nem, que não é mais garoto da base... Ele agora é jogador profissional, está numa boa fase e é um ótimo guri. Vim para o Náutico para ajudar. Não me importo em ser artilheiro ou não, quero subir para a Série A.
POSIÇÃO
Sobre jogar como centroavante ou pela beirada, eu sempre joguei pelos lados. Lá fora (no Panathinaikos) estava atuando na ponta. Comecei a jogar mais centralizado na seleção brasileira, sob o comando de Gallo. O professor optou por mim mais pelo meio por conta da minha característica de força e velocidade e por ficar mais próximo ao gol. Então, pra mim, ser o camisa 9 do Náutico é uma grande oportunidade de mostrar o meu talento, já que no Brasil não tem um camisa 9 em alta.
PREPARO
Estou pronto. A minha parte física está boa, só estou meio que sem ritmo de jogo, normal pra um jogador que estava jogando fora e ficou um tempo parado. Mas não temos mais tempo para esperar. Eu vim para jogar, sem querer passar por cima de nenhum companheiro, esperando o momento certo para entrar. Se tiver que esperar, eu vou esperar. Se tiver que sair jogando, eu vou sair jogando. Só depende do professor.
GALLO
Minha relação com o Gallo teve início no momento em que eu mais precisei na minha carreira. Ele contou comigo, me abraçou, e me deu uma oportunidade na seleção brasileira sub-20, e comecei a mostrar o meu futebol. Ele é um treinador estilo europeu. Eu vi lá fora e ele se encaixa muito no perfil, de procurar montar as equipes com as características de força e velocidade. Ele é um grande treinador e vai conquistar mais espaço no futebol brasileiro.