Se em anos anteriores, o Náutico sempre mostrou sérias dificuldades para manter os compromissos do clube em dia e, por vezes, acabava atrasando salários no decorrer do ano, em 2016 a situação foi diferente. Com muito esforço, a atual gestão alvirrubra conseguiu manter a saúde financeira até o término da Série B. Porém, mesmo assim, o sonhado acesso não aconteceu.
"Quando voltei ao Náutico, no início desse ano, uma das coisas que me falaram era que não tínhamos subido no ano passado porque os salários estavam atrasados. Foi o que mais ouvi. Por isso fizemos um esforço fenomenal e pagamos tudo em dia, mas eles (os jogadores) não ganharam o jogo que nos daria o acesso", disparou Toninho Monteiro, vice-presidente do Náutico, mostrando bastante insatisfação com o elenco timbu por não fazer o seu papel de ter vencido o Oeste, na Arena de Pernambuco.
O dirigente alvirrubro ainda fez questão de revelar o sacrifício que a cúpula diretiva do Náutico fez para que o timbu chegasse até a reta final em condições de brigar para voltar à elite do futebol brasileiro. "As dificuldades foram grandes. Só quem sabe é quem está lá dentro do clube. São muitos os problemas, principalmente com débitos trabalhistas. Mesmo assim, com muito sofrimento, conseguimos deixar tudo em dia. Mas, na hora H, os atletas não entraram com garra e determinação para ganhar o jogo", alfinetou Toninho.
Para encerrar, Monteiro ainda afirmou que está com sua consciência tranquila de que não só ele, mas toda a diretoria do Náutico fez o que estava ao alcance para subir de divisão. "Estou de consciência tranquila de que fizemos o máximo. O possível e o impossível foi feito para manter os compromissos em dia e dar toda estrutura. Agora a vida continua... A instituição é seria, com 115 anos de fundação, e não é isso que vai derrubar o Náutico", finalizou.