Ivan Izzo já pode ser considerado um cidadão pernambucano. Auxiliar-técnico de Milton Cruz, no Náutico, o ex-goleiro também coleciona duas passagens pelo Sport. Mesmo há muito tempo no cargo de assistente, ele nega ambição de se tornar treinador e ficou surpreso com a estrutura do alvirrubro. Izzo também aproveitou para contar do tiro que levou por engano da Polícia.
MILTON
A gente sempre teve um bom convívio em São Paulo, mas acabei me distanciando por conta da profissão de auxiliar-técnico. Fiquei nessa função junto com Dorival Júnior até 2013, quando ele resolveu seguir com o filho dele. Fiz alguns trabalhos como treinador, no interior de São Paulo, e acabei recebendo a ligação dele para vir trabalhar no Náutico. Fiquei surpreso e feliz. Milton é extremamente aberto e me dá liberdade para colocar as minhas ideias.
RECIFE
A primeira vez que trabalhei aqui foi em 1992, no Sport. Tive dificuldade de me adaptar ao clima e nos jogos não fui muito bem. Em 2006 voltei ao Sport, mas agora como auxiliar de Dorival. Foi a minha transição de goleiro para trabalhar em comissão. Pegamos o time numa situação bastante adversa e conseguimos atingir os nossos objetivos. E, agora, essa oportunidade de trabalhar no Náutico, clube com objetivos de crescimento.
TREINADOR
Eu tive duas experiências como treinador, no Santo André e na Inter de Limeira, mas realmente eu nunca tive ambição de ser treinador. Me sinto bem dando suporte e com liberdade para trabalhar. Ter esse contato mais próximo com os atletas.
NÁUTICO
Sabia dessa estrutura de campo, mas não a de hotel e concentração. É uma estrutura muito boa para desempenhar o nosso trabalho. Poucos clubes do Brasil tem isso. Claro que todos sabem das necessidades que o Náutico tem para continuar crescendo e isso tem de acontecer naturalmente.
LIVRAMENTO
Quando eu trabalhava no Santo André fui dar carona a um amigo. Mais na frente, quando percebi pelo retrovisor, tinha um carro preto me seguindo e com um homem com a arma em punho. Tentei fugir com medo e acabei sendo atingido no braço. Mais na frente fui fechado por uma viatura da Polícia Federal e já me deram voz de prisão. Depois fiquei sabendo que se tratava de um tremendo engano. Eles tinham recebido a informação de uma entrega de drogas no local que passei e confundiram com o meu carro. Graças a Deus não passou de um susto.
NEYMAR
Acho que o Neymar está caminhando para ser o melhor do mundo. Trabalhei com ele no Santos e o crescimento dele é visível, principalmente a maturidade. Agora convivendo com grandes atletas na Europa e participando de jogos importantes, tanto na Europa quanto na Seleção Brasileira, está conduzindo ele a esse posto em breve.