Além de superar as dificuldades naturais de um jovem atleta que está em sua primeira temporada como profissional, o atacante Erick também está tendo que se adaptar aos inúmeros treinadores que já passaram pelo Náutico em 2017 - ao todo, foram cinco: Dado Cavalcanti, Milton Cruz, Waldemar Lemos, Beto Campos e, agora, Roberto Fernandes. Cada um deles com métodos de trabalho distintos e com orientações específicas do posicionamento da joia alvirrubra atuar em campo.
“Não é fácil fazer uma pré-temporada com um treinador e depois chegar outros três técnicos. Cada um tem a sua verdade, o seu conceito de jogo e a sua filosofia de trabalho. Bati um papo com o Erick, pois ele vinha atuando muito fixo na direita. Mas no segundo tempo contra o Luverdense ele teve uma melhor movimentação. Sendo que eu, como treinador, tenho de criar essa condição para o Erick ter essa movimentação. É fácil chegar e dizer para se movimentar no ataque e dentro do meu esquema tático pedir pro garoto acompanhar o lateral-esquerdo adversário até o final. Desse jeito vou estar pedindo uma coisa e lhe dando uma outra função”, explicou Roberto Fernandes.
O técnico Roberto Fernandes comenta sobre a nova função que o garoto Erick vai desempenhar no ataque do @nauticope diante do @americamg. pic.twitter.com/2EyNMr6pvZ— Jornal do Commercio (@jc_pe) 10 de agosto de 2017
De acordo com o comandante alvirrubro, o camisa 33 já terá um novo posicionamento em campo, hoje, diante do América-MG. “Ele deu uma melhorada e, nesse próximo jogo, vocês vão ver que o Erick não terá essa obrigação de bater com o lateral até a linha de fundo. O garoto tem potencial, mas como qualquer outro jogador, se eu der uma função de marcação e quando o time tiver com a bola querer uma característica diferente, a cabeça do moleque vai pirar”, comentou o treinador.
A intenção de Roberto é fazer com que Erick evite os dribles desnecessários e jogue de forma mais objetiva, participando mais vezes da partida. Fernandes utilizou como exemplo o próprio Neymar, na época do Santos, para o jogador que se tornou na Europa.
“O Neymar de hoje não é o mesmo do Santos. Ele já era um craque, mas hoje vemos maturidade do seu futebol. Agora, ele joga de forma vertical e sempre procura dar assistências. A mesma coisa vai ser com o Erick. Lógico, não comparando os dois, mas ele precisa amadurecer o seu jogo”, ponderou.