Náutico espera mais ações na justiça por conta de negociação de Erick

Departamento jurídico alvirrubro está preparado para derrubar as ações trabalhistas contra o clube
Carlyle Paes Barreto e Filipe Farias
Publicado em 18/08/2017 às 6:46
Departamento jurídico alvirrubro está preparado para derrubar as ações trabalhistas contra o clube Foto: Foto: Léo Lemos/ Náutico


A ação cível impetrada contra o Náutico, podendo bloquear parte da venda do atacante Erick, é apenas a ponta de um iceberg. Várias outras estão para chegar ao clube e passariam da casa dos R$ 10 milhões. O processo que pede a penhora dos direitos econômicos do atacante alvirrubro é do ex-volante do clube Magrão, que jogou em 2013. Além dele, há ações dos contemporâneos William Alves, Auremir, Jean Rolt, Ricardo Berna e Martinez. Todos representados pelo advogado pernambucano Frederico Dias.

“No caso de Magrão, não estamos penhorando uma venda futura do atacante Erick, como foi dito. A penhora é sobre os direitos econômicos. Se for vendido, a parte que cabe no processo será retida. Se não for fechada a negociação, fica retido o percentual dos direitos econômicos”, explica o advogado. “O Náutico fez acordo e chegou a pagar as primeiras parcelas. Mas depois parou”, concluiu.

A ação de Magrão gira em torno de R$ 900 mil. A de William Alves, que tenta o bloqueio da cota do patrocinador master do Náutico (Caixa Econômica Federal), é de R$ 200 mil.

O departamento jurídico do Náutico está realizando uma força-tarefa para que possa solucionar essas ações sem que o clube tenha as suas receitas comprometidas. “A gente está trabalhando em cima disso. Já existe uma ação trabalhista que engloba essa verba de imagem, e ele (advogado de Magrão) está pedindo a mesma coisa na esfera cível. Já existe um acordo do clube com a Justiça do Trabalho que 20% de tudo que chega no Náutico é usado para pagar essas dívidas. Eles (os ex-jogadores) estão encontrando subterfúgios para fugir da Justiça do Trabalho e ir para a comum. Estão atacando para todo lado”, declarou Bernardo Wanderley, vice-presidente jurídico do Náutico.

Segundo o advogado alvirrubro, a penhora em cima do valor da negociação de Erick seria um equívoco, já que o garoto não foi vendido. “Na decisão de Magrão, o próprio juiz informou que, através de notícias da mídia, ficou sabendo dessa possível venda e já fez o bloqueio de uma futura negociação. Não tem nada ainda, é só especulação. Foi uma decisão que pegou a gente de surpresa. Ele é um juiz correto e muito sério no que faz, mas entendemos que ele está equivocado”.

NEGOCIAÇÃO

O provável destino do garoto Erick é o Braga, de Portugal, que está disposto a pagar um milhão de euros (pouco mais de R$ 3 milhões). O vice-presidente de futebol do Náutico, Emerson Barbosa, e o empresário do jogador, Guilherme Cavalcanti, estiveram no clube português no início da semana e deixaram tudo acertado com os dirigentes lusitanos.

Nesta semana, o Braga vendeu o atacante Rui Fonte para o Fulham, da Inglaterra, por 9 milhões de euros. Por isso, mira a contratação de Erick para suprir essa lacuna. A janela de transferências de Portugal fecha no dia 22 de setembro.

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