Ataque do Náutico precisa colaborar na busca pela permanência

A situação do Náutico não é nada fácil na Série B do Campeonato Brasileiro. Restam 12 partidas e o Timbu precisa vencer oito jogos. E no futebol, a fórmula é simples. Vence os confrontos quem faz mais gols. Só que eis o problema da equipe alvirrubra. O ataque não funciona e desde a chegada do técnico Roberto Fernandes, na 19ª rodada, quando o time ganhou um novo fôlego, não reagiu. Oito duelos passaram e apenas três vitórias foram conquistadas. O pelotão de frente balançou as redes apenas quatro vezes. Enquanto a defesa sofreu apenas quatro gols, exceto na derrota por 3x0 para o Paraná, fora de casa, que pode ser considerado o ponto fora da curva.

Com 20 pontos, na vice lanterna, e a nove de diferença para o primeiro colocado fora da zona de rebaixamento, o Náutico precisa que o ataque acerte a pontaria para voltar a vencer e permanecer na briga contra a queda para a Série C.

“Em questões gerais, o ataque tem sido bastante exigido por mim. E não escondo isso. Defensivamente esse jogo do Paraná foi uma exceção. Vitórias pelo mínimo e dos cinco jogos que perdemos, quatro foram por 1x0, se tivéssemos feito um gol teríamos conquistado pelo menos um ponto. Só que o ataque é a equipe toda. O zagueiro que vai para área no escanteio, o meia e o volante quando podem chutar, mas não arriscam. Tem a ver com a confiança também. Para mim é muito claro, o time só vai sair da atual situação se melhorar o desempenho ofensivo. Se melhorar, tenho muita expectativa que vai brigar até o final. Se vai sair, não sei”, afirmou Roberto Fernandes.

Todos os atacantes são cobrados pelos gols, mas o foco sempre fica em cima dos centroavantes. O nome deles que são cobrados por figurar a lista dos artilheiros. William estreou pelo Náutico na 21ª partida, mas tem apenas um gol marcado e tem sofrido com lesões musculares. O substituto, Rafael Oliveira, chegou há duas rodadas e pouco apareceu. Mas um nome não tem sido aproveitado e é sempre lembrado pelos alvirrubros.

VINÍCIUS

Artilheiro do Náutico na Série B com quatro gols, Vinícius tem sido pouco utilizado pelo técnico Roberto Fernandes. A última vez que entrou em campo foi diante do Oeste há três jogos no final do segundo tempo. Como titular, não aparece na equipe desde a 19ª rodada, na vitória por 1x0 diante do Luverdense.

“O dia a dia é fundamental para entender algumas coisas. Muitas vezes o torcedor chega no jogo e quer ver fulano jogando, mas não acompanha a semana. Até para falar de Vinícius mais detalhado quem pode explicar é o departamento médico. Ele tem um problema sério nas costas, que não consegue dar intensidade no treino. É um profissional correto, que tem atitude, que não denigre a imagem. Mas não consegue dar no treino uma condição de confiança para o treinador poder utilizá-lo”, disse Roberto.

O atacante Vinícius está vetado pelo departamento médico para o próximo jogo do Náutico diante do Boa Esporte, amanhã, no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru. “O que posso dizer é que ele tem um problema crônico nas costas, que problema esse só o departamento médico pode falar. Não sei se é uma hérnia de disco, mas o fato é que ele não reúne condições”, finalizou o técnico.