Com menos de dois anos à frente do clube, a atual gestão executiva vem dando muitos motivos para a torcida do Náutico comemorar. Dentro e fora de campo. Com uma política forte de austeridade financeira, o presidente Edno Melo, ao lado do vice Diógenes Braga, está conseguindo, aos poucos, recuperar a credibilidade da instituição no cenário nacional. O acesso à Série B do Campeonato Brasileiro é mais um importante e necessário passo conquistado.
Austeridade talvez seja, aliás, a palavra mais repetida pela dupla em entrevistas. Eleita no final de 2017, a gestão tem feito um trabalho muito bom. Com uma folha salarial enxuta, a diretoria mantém rigorosamente em dia os salários dos atletas e funcionários, ao mesmo tempo em que renegocia as dívidas antigas com o objetivo de diminuir o grande passivo do clube.
Dentro de campo, o Náutico também tem colhido resultados satisfatórios. A gestão foi responsável por quebrar um jejum de 13 anos sem títulos, ao conquistar o Campeonato Pernambucano do ano passado, com direito a mais de 42 mil torcedores presentes e recorde de público da Arena de Pernambuco. O que mais orgulha a diretoria e os torcedores, no entanto, é a tão sonhada volta ao Eládio de Barros Carvalho. O time voltou a mandar os jogos no estádio dos Aflitos depois de quase seis anos longe do caldeirão.
O investimento e a valorização das categorias de base também são marcas da atual diretoria alvirrubra. Bons valores como Bruno, Luiz Henrique, Robinho, Hereda e Thiago foram revelados e ganharam destaque na equipe profissional em menos de dois anos. Os três primeiros jogadores, inclusive, já renderam frutos ao clube com negociações. Empréstimo no caso de Bruno, e vendas com porcentagem de direitos econômicos mantidas, visando futuro lucros, nos casos de Luiz Henrique e Robinho.