O técnico Gilmar Dal Pozzo conseguiu ter o nome marcado em sua segunda passagem pelo Náutico. Um dos principais responsáveis pela conquista do acesso à Série B, o comandante voltou ao clube após três anos, começou a trilhar o trabalho já na quarta rodada da primeira fase da Série C e conseguiu trazer o equilíbrio e a identidade que faltavam ao time dentro de campo. Defesa forte, marcação agressiva e rápida transição ofensiva foram algumas das características impostas pelo treinador aos seus comandados que levaram o clube ao sucesso, mas que vão além disso.
Declaradamente chateado pela demissão durante a primeira passagem pelo Náutico, após a eliminação para o Santa Cruz na semifinal do Campeonato Pernambucano de 2016, o acesso à Série B chega como uma redenção e recompensa para Gilmar Dal Pozzo, que não hesitou em aceitar um novo convite do clube, mesmo sabendo da dificuldade e tamanho do desafio. O início da segunda passagem do técnico foi rápido, assim como a negociação, dois dias depois de ser anunciado pela diretoria, Dal Pozzo já estava à beira do gramado dos Aflitos para comandar o time em uma decisão valendo uma vaga na Copa do Nordeste 2020.
Sempre com muita seriedade e tranquilidade, características que o rendeu até um apelido de ‘padre’ no futebol pernambucano, Gilmar Dal Pozzo conquistou rápido a confiança do elenco do Náutico, mas o trabalho não foi nada fácil. O resgate da confiança de uma equipe que chegou a ficar 18 partidas sem perder no ano, mas que ainda tinha abertas as feridas da perda do título estadual para o Sport e a eliminação na semifinal da Copa do Nordeste para o Botafogo-PB, foi o primeiro desafio de Dal Pozzo junto aos jogadores alvirrubros.