O Náutico vai se manifestar oficialmente nesta terça-feira junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em relação ao pedido de impugnação feito pelo Paysandu para partida de volta das quartas de final da Série C. Confiante no caso, o corpo jurídico alvirrubro vai apresentar os argumentos de defesa e a procuradoria tem até quinta-feira para dar uma resposta. Depois de determinar a não homologação do jogo, o STJD vai julgar o pedido nesta sexta-feira.
“O Náutico contratou um advogado que atua na área de direito esportivo para conduzir o julgamento. Eu moro no Rio de Janeiro, sou advogado interno do clube, vou estar a frente disso também e, junto com o corpo jurídico do clube em geral, vamos conduzir isso no tribunal. Vamos apresentar uma defesa técnica, demonstrando que não existe suporte para o pedido do Paysandu” explicou Roberto Selva, um dos advogados do Náutico no caso.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, o advogado do Náutico revelou alguns dos argumentos que o clube vai se basear para apresentar a defesa. “Depois do jogo ocorrido, do resultado consumado, do árbitro competente para dar pênalti ter marcado, o STJD não pode fazer um papel de VAR. Se houve erro, foi de interpretação e isso não se corrige em tribunal. Erro de interpretação pode ser objeto do VAR, mas a CBF entendeu que não deveria ter VAR, embora o Náutico tenha pedido para ter nas quartas de finais”, disse Selva.
O fato da Série C não ter sido paralisada é outro ponto que dá suporte ao Náutico, segundo o advogado do clube. “Nós estamos confiantes de que as chances disso prosperar são mínimas, porque não tem direito, não tem suporte. Não houve a paralisação do campeonato, houve o jogo do Náutico contra o Juventude, isso é um fato consumado, não tem como anular e nem pode mais, porque a Série C já prosseguiu, tudo isso é uma insegurança jurídica completa.”, ressaltou.