Líder da Inferno Coral espancado fala sobre violência entre torcidas

Espancado por torcedores rivais, ele falou com exclusividade para o JC em especial sobre as organizadas
JC Online
Publicado em 12/09/2016 às 18:26
Espancado por torcedores rivais, ele falou com exclusividade para o JC em especial sobre as organizadas Foto: JC Imagem


Qual a relação entre os bailes funks e as brigas que matam e causam graves ferimentos entre os torcedores das tocidas organizadas? Segundo o líder da Inferno Coral, Amilton Lima dos Santos, 29 anos, que foi espancado ontem por torcedores rivais, a relação é direta: "Quando acabaram os bailes funks aqui no Recife, eles ficaram sem ter onde brigar", afirmou em depoimento gravado em vídeo para o especial Dossiê Organizadas, produzido em junho de 2016 pela editoria de Esportes do Jornal do Commercio.

O especial, assinado pelos repórteres Leonardo Vasconcelos e Haim Ferreira, tenta desvendar o que motiva o ódio e as agressões entre torcedores e também qual a solução para o problema. Além de Amilton, que teve alta do hospital nesta segunda-feria (12), os repórteres do JC ouviram também Rafael Bezerra, diretor da Fanáutico, e Túlio Xavier, diretor da Torcida Jovem.

 

DESCONTROLE

Os três integrantes das torcidas admitem no vídeo que nem as próprias organizadas conseguem controlar a violência gerada por seus integrantes. "Para minha entidade não acabar, eu me sento pra conversar com qualquer um", declarou Amilton. Mas disse que as autoridades tentavam resolver a violência sem ouvir os representantes das torcidas: "Como é que eles vão resolver isso? Se senta Ministério Público, se senta batalhão disso, batalhão daquilo, mas não chamam a gente para saber o verdadeiro problema", questionou. "A gente pode ajudar dizendo onde tem foco de briga", concluiu. 

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