Medalha de bronze com a seleção brasileira de rúgbi de sete durante os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, a pernambucana Cláudia Teles foi obrigada a interromper a participação nos torneios preparatórios da equipe nacional para os Jogos do Rio, em 2016, por causa de uma pubalgia. A lesão foi obtida em janeiro deste ano, durante um jogo-treino. Ainda assim, Cláudia optou por continuar participando de competições com a seleção até agosto. Logo depois que retornou da etapa classificatória , para o Circuito Mundial, realizada em Dublin, na Irlanda, ela não teve mais escolha e precisou marcar uma cirurgia por causa do grau avançado da inflamação no quadril.
O procedimento foi realizado há um mês e a atleta já deu início ao processo de recuperação, com sessões de fisioterapia. “A cirurgia foi um sucesso. Já tirei os pontos e estou me dedicando à fisioterapia. Aos treinamentos mesmo só vou estar liberada para voltar em janeiro”, contou a pernambucana.
Por causa da lesão, Claudinha, como também é conhecida, acabou ficando de fora das seleções verde e amarela que conquistaram o ouro e a prata, nessa ordem, no torneio Torneio Valentin Martinez, realizado no último fim de semana, em Montevidéu, no Uruguai. Para mais essa competição preparatória para os Jogos do Rio-2016, o técnico Chris Neill levou duas equipes, a Verde e a Amarela, compostas por 12 jogadoras cada.
Enquanto se dedica ao tratamento, Claudinha não deixa de acompanhar todos os passos da equipe nacional. O próximo compromisso da seleção brasileira vai ser a etapa de abertura do Circuito Mundial de Rúgbi de Sete, entre os dias 4 e 5 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes. Apesar de não poder estar com a equipe, a pernambucana não chega a temer pela vaga no grupo que vai ser convocado para a Olimpíada do ano que vem.
“São 36 meninas, então não tem nada garantido. Ninguém tem a vaga dada como certa. Quando eu voltar, vou voltar com tudo para garantir meu lugar no grupo que vai aos Jogos Olímpicos do Rio no ano que vem. A minha intenção ao fazer a cirurgia foi justamente ficar 100%. Não queria batalhar por um vaga na seleção sentindo dor. Minha vontade era estar bem e acredito que assim vou ficar após o processo de recuperação”, comentou.
Claudinha costuma fazer parte das convocações da seleção que conquistou a primeira medalha pan-americana para o esporte no Brasil desde 2014. Na ocasião, ela era competidora do atletismo e participava de partidas de rúgbi apenas por diversão. Sua velocidade, no entanto, acabou despertando a atenção do técnico da seleção brasileira feminina de rúgbi, Chris Neill. Ele a chamou para um período de testes no Rio de Janeiro, onde fica a sede da confederaçaõ da modalidade. O que deveriam ser apenas seis meses se tornou uma transferência para a capital carioca. Quando não está defendendo as cores do Brasil em competições internacionais, a pernambucana veste a camisa do Niterói Rúgbi.