Meta de ficar no Top 10 dos Jogos do Rio distante do Brasil

Muitas equipes do País vêm amargando maus resultados no ciclo olímpico
Luana Ponsoni
Publicado em 27/04/2016 às 9:09
Muitas equipes do País vêm amargando maus resultados no ciclo olímpico Foto: AFP


Um mês após a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, o governo federal lançou o Plano Brasil Medalhas, que injetou R$ 1 bilhão no orçamento do Ministério do Esporte para que a preparação dos atletas brasileiros recebesse um tratamento de ponta. O objetivo é fazer com que o País encerre a Olimpíada do Rio de Janeiro no inédito Top 10 do quadro de medalhas. O problema é que, a 100 dias dos Jogos, as chances dessa meta se cumprir vêm minguando. Contra o Brasil, pesa o fato de muitas modalidades terem deixado a desejar durante algumas das principais competições preparatórias. 

Outro fator que vai dificultar a entrada do Brasil no Top 10 é a larga distância para a Austrália, que encerrou na 10ª colocação em Londres, com 35 medalhas. O País, por sua vez, ficou em 22º, com 17. 

O Plano Brasil Medalhas direcionou mais investimentos às modalidades que, historicamente, vêm conquistando pódios nas Olimpíadas. O atletismo lidera, com 14 medalhas (4 ouros, 3 pratas e 7 bronzes). Seus atletas, entretanto, vêm amargando maus resultados neste ciclo olímpico. No Mundial de 2015, o Brasil ganhou uma única medalha, com a prata de Fabiana Murer no salto em altura. Decepção também no Mundial Indoor deste ano. Os representantes do País não subiram ao pódio.

O judô, que tem 19 medalhas (3 ouros, 3 pratas e 13 bronzes) deixou a desejar no Mundial de 2015, uma prévia dos Jogos para a modalidade. Foram dois bronzes, trazidos por Victor Penalber e Érika Miranda. As campeãs mundiais Rafaela Silva e Mayra Aguiar ficaram longe do pódio, assim como a medalhista de ouro em Londres-2012, Sarah Menezes. Ela, que foi a primeira mulher do judô brasileiro a se tornar campeã nos Jogos, está fora do ranqueamento olímpico e pode até não disputar a Olimpíada do Rio. Nem o vôlei vive seus melhores dias. Com 9 medalhas (4 ouros, 3 pratas e 2 bronzes), a equipe masculina sequer chegou à final da Liga Mundial do ano passado. No feminino, nada de título no Grand Prix.

Boas expectativas, entretanto, recaem sobre a ginástica artística. No masculino, a grande aposta é o atual campeão olímpico nas argolas, Arthur Zanetti. Entre as mulheres, uma medalha pode ser conquista pela jovem Flávia Saraiva, de 16 anos. Vela, hipismo, boxe e vôlei de praia também têm boas perspectivas. Assim como a natação e o pentatlo.


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