A estreante Etiene Medeiros pode fazer história nos Jogos do Rio

A nadadora pernambucana vai disputar a sua primeira Olimpíada e tem chances de subir no pódio
Gabriela Máxima
Publicado em 29/05/2016 às 9:07
A nadadora pernambucana vai disputar a sua primeira Olimpíada e tem chances de subir no pódio Foto: Foto: reprodução da internet


A prata obtida por Etiene Medeiros no Mundial Júnior de 2008, sua primeira medalha internacional, abriu caminho para uma série de conquistas da pernambucana que elevaram a natação feminina do Brasil aos mais altos patamares. Responsável por conseguir resultados inéditos para o País em várias competições, a pernambucana pode quebrar mais um paradigma em agosto ao ser a primeira nadadora do País a subir ao pódio olímpico, durante os Jogos do Rio de Janeiro. Vai ser a primeira participação de Etiene no evento poliesportivo.

Especialista nas provas de velocidade, a atleta foi a pioneira do País em, pelo menos, três competições. No Mundial de Esportes Aquáticos de Barcelona-2013, Etiene conquistou o melhor resultado, até então, da natação feminina brasileira no torneio. Não subiu ao pódio por pouco, depois de encerrar a final dos 50m costas (prova não-olímpica) em quarto lugar, com 27s83. A marca se tornou o novo recorde sul-americano.

Sem se dar por satisfeita, Etiene Medeiros voltou a fazer história para o Brasil no ano seguinte. Durante o Mundial em piscina curta (25m) de Doha, no Catar, conquistou o ouro na mesma prova, com 25s37, e ainda estabeleceu o novo recorde mundial. Na nova edição do Mundial de Esportes Aquáticos, realizada em 2015, em Kazan, na Rússia, cravou mais um feito inédito em sua carreira. Ficou com a prata, também nos 50m costas, com 27s26, e se tornou a primeira do País a subir ao pódio. 

Como a brasileira Rebeca Gusmão teve de devolver os dois ouros conquistado no Pan do Rio-2007 por ter sido flagrada no antidoping, Etiene também se tornou a primeira do País a subir ao lugar mais alto do pódio no evento poliesportivo. Nos Jogos de Toronto-2015, ela foi a campeã dos 100m costas, estabelecendo o novo recorde pan-americano da especialidade, com 59s61.

Depois de todas essas conquistas, Etiene disputou as duas seletivas olímpicas organizadas pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e garantiu o índice em cinco provas. Ela está classificada nos 50m e 100m livre, além de estar selecionada para o revezamento 4x50m, desde dezembro do ano passado, quando aconteceu o Aberto de Palhoça. No Maria Lenk deste ano, a nadadora se qualificou ainda nos 100m borboleta e nos 100m costa, na ordem.

Toda a preparação da pernambucana, no entanto, está sendo direcionada aos 100m costas, além dos 50m e 100m livre. “Já nadei Mundiais, tive conquistas importantes, mas nada se compara a nadar uma Olimpíada. É um sonho que se realiza e vou dar o meu melhor para representar bem o Brasil. Se uma medalha vai vir, não sei, mas vou dar o melhor de mim”, declarou.

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