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Lars Grael descarta possibilidade de candidatura à presidência COB

Velejador já exerceu alguns cargos públicos ao longo da carreira

Matheus Cunha
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Matheus Cunha
Publicado em 01/10/2017 às 10:47
Tsuey Lan Bizzocchi/Cabanga
Velejador já exerceu alguns cargos públicos ao longo da carreira - FOTO: Tsuey Lan Bizzocchi/Cabanga
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Lars Grael já exerceu alguns cargos públicos nos últimos anos. Em 1998, após o acidente, ele assumiu um cargo no Ministério de Esporte e Turismo. Depois virou secretário nacional do esporte (2001) e secretário estadual em São Paulo (entre 2003 e 2006). Questionado sobre uma possível candidatura ao Comitê Olímpico Brasileiro, o carioca foi direto e negou que haja qualquer intenção.

“Dei uma parada nas competições porque eu me dediquei a vida pública. O COB não é um objetivo. Pode acontecer algum dia, mas é muito distante”, disse de maneira sincera.

O velejador ainda apontou alguns erros que precisam ser corrigidos dentro da gestão do COB para que o esporte olímpico possa vir a ser uma potência. Dentre um deles está a maior participação dos atletas nas decisões tomadas pelas federações e comitês.

“Os atletas têm que ter uma voz maior nas decisões. Precisa ter mais controle e mais transparência. O esporte tem que se unir mais. Não se constrói uma potência olímpica a curto prazo. Ninguém faz isso. O Brasil fez um investimento relevante até a Rio 2016, mas passada a olimpíada, foi como a história da Cinderela depois da meia noite: o esporte voltou a ser uma gata borralheira e saiu da agenda pública”, criticou.

GRÃ-BRETANHA

Um exemplo de país que continuou o investimento olímpico mesmo depois de disputar os jogos em casa foi a Grã-Bretanha. Londres foi o palco em 2012, quando os britânicos conquistaram 65 medalhas. Ano passado o investimento foi maior e outras 67 foram conquistadas.

“A Grã-Bretanha é o grande exemplo. É para aplaudir os caras. Eles foram o único país a aumentar o investimento depois de disputar os jogos em casa. Isso é o que deveria acontecer aqui. Mas 2017 é um ano perdido. O ciclo olímpico para Tóquio 2020 está parcialmente prejudicado, mas ainda não está perdido. Ano que vem será um divisor de águas para o nosso esporte. Se não houver investimento, teremos muita fragilidade”, concluiu.

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