A Regata Recife/Fernando de Noronha é um lugar de competição. É o momento em que dezenas de barcos se “espremem” no meio do Oceano Atlântico com o único objetivo de chegar ao arquipélago. Contudo, há quem encare a Refeno como uma grande festa de confraternização. É o caso do catamarã Toro, de Pernambuco. Doze amigos de longa da data utilizam a competição para se aproximar ainda mais.
Leia Também
- Diminuir o próprio tempo é o objetivo do Camiranga na Refeno
- Três vezes Fita Azul, Camiranga chega ao Cabanga para a Refeno
- Funcionários do Cabanga trabalham duro para garantir sucesso da Refeno
- Refeno: paulista de 51 anos irá passar 50h no mar em barco dos anos 70
- Emílio Russel, o pernambucano que disputou todas as edições da Refeno
- Família Hutzler disputará a Refeno com um verdadeiro furacão a bordo
- Cabanga dá detalhes da Refeno/2017
São dez anos participando da competição. E, para atender ao conforto de todos, a embarcação passou por algumas modificações. O arquiteto Humberto Zirpoli, 45, é um dos integrantes da tripulação e o responsável pelas mudanças estruturais.
“Nós construímos um deck na parte de trás do barco e colocamos alguns bancos acolchoado. Temos também churrasqueira e em baixo dos assentos temos freezers. A gente costuma dizer que, quando se estar no mar, é uma mão para você e a outra para o barco. Então temos vários apoios espalhados em todos os lugares”, explicou o arquiteto.
Dentro do cardápio oferecido a bordo tem churrasco, sushi, cerveja e champagne. Um dos tripulantes será o chef de cozinha Biba Fernandes. A ideia dele é lançar um prato em alto-mar com um peixe pescado durante a própria travessia.
“Esse prato vai ser lançado em alto-mar, acho que nunca fizeram isso antes. Vamos pegar um peixe no meio do trajeto e vamos cozinhar no próprio barco. A ideia é fazê-lo cozido no leite de coco. Só tem um detalhe: eu não sei qual vai ser esse peixe (risos). Mas, daqui até lá, podemos pegar barracuda, galo, dourado... Vai depender da nossa sorte. O nome do prato vai ser peixe ao toro”, disse.
RESPONSABILIDADE E SEGURANÇA
Há muita brincadeira e festa, mas também há responsabilidade. O consumo de bebidas alcoólicas acontece apenas antes do embarque e na chegada. No oceano, segundo os tripulantes, todos estão focados no barco. Tudo isso para garantir a segurança dentro da embarcação.
“Fazemos uma grande festa sempre antes e depois. Não podemos nos descuidar no mar, porque qualquer erro é fatal e o mar não perdoa. O nosso comandante não bebe, mas só ele. Existe uma regra no barco proibindo a entrada de qualquer pessoa que não bebe (risos). Mas temos a responsabilidade no mar”, falou o advogado Armando Garrido.