Brasil-Alemanha, a revanche do pesadelo dos 7 a 1

O duelo entre as duas melhores seleções do torneio começará às 17H30 no Maracanã
AFP
Publicado em 19/08/2016 às 13:49
O duelo entre as duas melhores seleções do torneio começará às 17H30 no Maracanã Foto: Foto: Odd Andersen / AFP


O Brasil de Neymar com sede de vingança pelo humilhante 7-1 do Mundial-2014 e a Alemanha que persegue mais uma vitória no Maracanã, onde foi campeã do mundo, se enfrentam neste sábado (20) na final pela medalha de ouro dos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

O duelo entre as duas melhores seleções do torneio começará às 17H30 no Maracanã, onde a 'Mannschaft' se consagrou tetracampeã há dois anos diante da Argentina de Messi.

Neymar, o terceiro melhor jogador do mundo em 2015, é a cara do futebol brasileiro desde o fracasso na Copa da África do Sul em 2010. Em torno dele foi construído o sonho de conquistar o primeiro ouro olímpico do futebol, em uma espécie de redenção após o fatídico desfecho da Copa de 2014.

"É estranho que um país como o Brasil, considerado a terra do futebol, não tenha ganho este ouro", disse o craque do Barça antes dos Jogos começarem.

A Alemanha volta a pisar no gramado carioca com o orgulho nas alturas, em um cenário que premiou a equipe de Joachim Löw, na qual a sub-23 se inspira, certa de que pode tirar proveito da ferida aberta dos brasileiros.

"Só tenho lembranças positivas, assim como qualquer alemão. Espero que tenhamos o mesmo êxito de dois anos atrás. A final do Mundial é uma vez na vida", disse o zagueiro Matthias Ginter, campeão em 2014, mas sem ter entrado em campo. Agora ele é titular do time olímpico de Horst Hrubesch.

Como chegaram


Depois de dois empates sem gols decepcionantes com a África do Sul e com o Iraque, o Brasil acordou goleando por 4-0 a Dinamarca, que deu novo fôlego a Neymar após as críticas por seu baixo rendimento.

Contra a Colômbia, nas quartas de final, o Brasil conseguiu se impôr com o placar 2-0 em uma partida dura em que os colombianos tentaram uma marcação cerrada no 'camisa 10'.

Nas semifinais contra a surpreendente Honduras, que havia eliminado Argentina e Coreia do Sul, a seleção voltou a mostrar seu 'jogo bonito' e deu um baile de 6-0 para chegar "à reta final muito fortes", como garantiu o técnico Rogério Micale. Neymar foi elevado à categoria de "monstro".

Para o técnico Micale, Neymar, além de talentoso, tem uma influência determinante no jogo e na equipe, mesmo com toda a pressão.

A Alemanha também começou com altos e baixos, mas acabou na final com a força de sua história e por resultados convincentes. Dois empates com México e Coreia do Sul, goleada previsível sobre Fiji e triunfo sobre Portugal nas quartas.

A Nigéria foi seu último desafio para chegar à final. Venceu com dois gols, exibindo um time organizado, disciplina na marcação e potência de seus jogadores.

"O 7-1 não tem nada a ver com a minha equipe, que é formado por jovens que terão uma oportunidade única de jogar uma final no Maracanã. Vamos jogar ofensivamente, não podemos fazer isso de outra forma", avisou Hrubesch.

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