Nos Jogos Olímpicos, a medalha é uma honraria concedida apenas aos atletas. Se pudesse ser contemplado pela premiação, porém, o técnico Bernardo Rezende, teria outras seis ao lado da prata conquistada enquanto jogador em Los Angeles-1984. Como comandante do time masculino, ele levou o Brasil ao ouro em Atenas-2004 e na Rio-2016, além das pratas obtidas em Pequim-2008 e Londres-2012. Antes, esteve à frente da equipe feminina do País, conseguindo o bronze em Atlanta-1996 e Sidney-2000.
São 15 anos no comando da equipe nacional masculina com um retrospecto que faria qualquer técnico do mundo já pensar em aposentadoria. Perguntado sobre o assunto logo após a conquista do tricampeonato olímpico nos Jogos do Rio, o técnico multicampeão não cravou sua continuidade no comando da seleção até Tóquio-2020.
“Agora só quero descansar. Vou para a montanha. Se quiser me encontrar, não telefona. Pega a bicicleta e sobe que eu vou estar lá”, disse o comandante da equipe brasileira, em entrevista à ESPN.
Bernardinho, inclusive, afirmou que não é insubstituível, mas deu sinais de que deseja continuar trabalhando com esse grupo. “Sou substituível. Preciso sair um pouco, pensar. Estou devendo muito para a vida, ficar mais perto da família. Não vi minha filha de seis anos nascer, perdi coisas da de 14. Não vou largar o voleibol, não conseguiria. Eu preciso desse tempo para pensar, mas temos uma equipe de pessoas pronta para assumir a seleção”.