Faltam 15 dias para os Jogos Paralímpicos e apenas 20% dos 2,5 milhões de ingressos foram vendidos, por isso Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) faz campanha nas redes sociais convocando o público a prestigiar as disputas esportivas. O número está abaixo do de Londres, há quatro anos, quando o evento foi considerada um marco pelo Comitê Paralímpico Internacional e os 2,7 milhões de ingressos colocados à venda, acabaram.
O objetivo da Rio 2016 é vender pelo menos 80% dos ingressos e arrecadar R$ 80 milhões para cobrir custos da competição, que já chegou a ficar ameaçada pela falta de recursos. Ao contrário dos Jogos Olímpicos, as delegações paralímpicas precisam de recursos do comitê até para viagens. No entanto, mesmo com a maior delegação da história do país e a meta de alcançar o melhor desempenho em uma paralímpiada, a arrecadação no Brasil só chegou a um quarto do planejado.
O encalhe de ingressos ganhou repercussão na última semana, quando o Comitê Rio 2016 apelou publicamente ao governo federal e municipal que anunciaram repasse de R$ 250 milhões.
De acordo com o diretor de ingressos do comitê organizador, Donovan Ferreti, a procura tem aumentado dia a dia e ingressos para sessões mais disputadas, como atletismo, judô e futebol de cinco, com grande chances de medalhas brasileiras, estão com ingressos praticamente esgotados para finais ou semifinais, mesmo os mais caros. Para as demais, como natação e goalball, ainda há entradas disponíveis entre R$ 10 e R$ 90.
“Vendemos anteontem 50 mil ingressos e, ontem, ficamos felizes por passar mais 50 mil ingressos. Os jogos estão em curva ascendente, passamos a ter volume alto de venda e percebemos pessoas se engajando em vir apoiar atletas”, disse Donovam, destacando que o valor das entradas é mais acessível em relação às Olimpíadas. “É menor que a de cinema”.
Os preços mais altos são para as cerimônias de abertura e encerramento, no Estádio do Maracanã, cujas entradas podem chegar a R$ 1,2 mil nos melhores lugares.
Mesmo com algumas sessões mais procuradas esgotadas, o diretor diz que o Comitê Rio 2016 pode disponibilizar ingressos extras nos próximos dias. São entradas reservadas a idosos, vendidas pela metade do preço que, se não adquiridas, serão novamente ofertadas.
Além das modalidades citadas pelo diretor, apesar da baixa na venda de ingressos, já é difícil encontrar entradas para bocha, esgrima em cadeira de rodas, voleibol sentado e basquetebol em cadeiras de rodas, disputadas no Maracanã e no Parque Olimpíco, na Barra. As mais fáceis de encontrar e mais baratas são vagas nas eliminatórias ou nas fases de grupo.
Os ingressos para a Paralimpíada estão à venda no site Rio 2016 para quem tem cartão Visa e se cadastrar. Lá, os valores podem ser divididos em até três vezes. A opção para quem não tem o cartão é comprar à vista nas bilheterias (veja aqui relação de locais e horários de funcionamento).
Uma das novidades em relação às olimpíadas é a venda de ingressos para escolas e grupos com projetos ligados à educação. Por meio do e-mail vgrupos@rio2016.com é possível adquirir entradas para um mínimo 18 pessoas de uma única vez, em assentos juntos.
As paralímpiadas é a última oportunidades de conhecer o Parque Olímpico, que é o coração dos jogos e receberá competições de nove modalidades. Logo depois o local será desmontado.
Para quem for ao Parque Olímpico de metrô, passando pela recém-inaugurada Linha 4, é necessário adquirir por R$ 25 o RioCard Olímpico, que inclui a ida e volta de metrô e de BRT, a linha de ônibus que deixa na porta da instalação e a mais rápida até o local.
Com a maior delegação da história, a expectativa é que o Brasil alcance seu melhor desempenho na competição e saia com mais medalhas que em Londres. Há quatro anos, quando os atletas subiram 43 vezes ao pódio, conquistando 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze.