Não ser lanterna pela segunda vez consecutiva na Série A, bater a marca negativa de 2006 e pela honra. São esses os três motivos que movem o Santa Cruz neste domingo contra o Atlético-MG, a partir das 18h30 (do Recife), no Arruda, pela 36ª rodada. Matematicamente rebaixado no Brasileirão com três rodadas de antecedência, os tricolores pernambucanos farão as últimas duas partidas em casa na elite do futebol brasileiro em sequência. Além deste jogo, a Cobra Coral também encara o Grêmio, no próximo domingo. Por coincidência, são as duas equipes que disputam a final da Copa do Brasil, nos dias 23 e 30 de novembro.
Desde que o Brasileirão começou a ser disputado em pontos corridos, em 2003, nenhuma equipe foi rebaixada duas vezes na última posição. De lá para cá foram 13 lanternas: Bahia (2003), Grêmio (2004), Brasiliense (2005), Santa Cruz (2006), América-RN (2007), Ipatinga (2008), Sport (2009), Grêmio Prudente (2010), Avaí (2011), Figueirense (2012), Náutico (2013), Criciúma (2014) e Joinville (2015).
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O técnico Adriano Teixeira, porém, preferiu minimizar essa possível marca negativa. Para ele, não adianta agora pensar na final do campeonato faltando ainda três rodadas a se disputar. “Precisamos somar pontos. O importante é não perder. Principalmente dentro de casa, diante da torcida. Vamos tentar fazer o melhor da gente e jogar bem para conseguir mais um resultado positivo”, frisou o técnico tricolor.
Em 2006, quando participou pela primeira vez da Série A, com 38 rodadas, o Tricolor do Arruda acabou rebaixado com 28 pontos. Neste domingo, o time tem um ponto a menos e é o vice-lanterna do Brasileirão. Só não é o último colocado porque, apesar de empatar em número de pontos com o América-MG, é melhor no saldo de gols (-23 x -31).
SEM DESISTÊNCIA
Apesar de já estar rebaixado, a equipe garante que não vai desistir da competição. “Não vamos jogar a toalha. É a profissão que nós escolhemos e não podemos relaxar. Pode sim ficar pior do que está. Temos três jogos pela frente na Série A, e a entrega e a dedicação dos jogadores vai continuar alta. Temos um nome a zelar”, frisou o comandante coral.
Mesmo com o Atlético-MG vindo com um time praticamente composto por reservas, Adriano não acredita que o jogo será mais fácil no Arruda. “É uma partida difícil de qualquer maneira. O Atlético não tem só um time, mas um grupo muito qualificado. Não estamos preocupados com quem vem jogar, mas na preparação para ganhar o jogo”, finalizou Adriano.
Para a partida, o treinador tem duas dúvidas. Recuperado de lesão, o zagueiro Néris disputará posição com Luan Peres. No meio de campo, com a suspensão de Derley, Marcílio e Danilo Pires brigam por uma vaga na cabeça de área.