Em sua terceira passagem como técnico do Santa Cruz, Marcelo Martelotte já está acostumado a ter de driblar os problemas financeiros do clube. Foi assim em 2015, quando mesmo com atrasos salariais, conseguiu conduzir a Cobra Coral à elite do futebol brasileiro. No novo trabalho com os tricolores, o desafio permanece o mesmo, ao ponto de o comandante externar que gostaria dele mesmo resolver a questão, para conseguir a motivação máxima dos jogadores.
E é nesse nível de vontade que Martelotte precisa de seus comandados. Diferente de 2015, quando os atrasos no pagamento eram os principais fatores de desmotivação do grupo, na nova experiência, ele ainda precisa se esforçar para não deixar a apatia se estabelecer no elenco por causa da posição na tabela. O Santa Cruz está no Z-4, na 18ª colocação, com 23 pontos.
"É uma das funções do técnico, do comandante. Buscar soluções e estar sempre conversando no dia a dia com os jogadores no sentido de tê-los sempre no mais alto nível, mesmo com dificuldades. É isso que eu falo. Para realmente motivá-los ao máximo, eu gostaria de eu mesmo resolver os problemas financeiros do clube, mas eu não posso. Se eu pudesse, eu faria", declarou Martelotte em entrevista à Rádio Jornal.
Como está impossibilitado de solucionar essa questão, o treinado recorre a outros artifícios para não deixar a motivação do elenco coral minguar pelo problema extra campo. "Mas dentro de campo a gente consegue fazer. O jogador entender a importância do momento, a importância para a instituição. O quanto que cada partida vale a partir de agora e é através desse entendimento que a gente pretende trazer o grupo ao caminho das vitórias", completou.