Indo pro seu quarto treinador no ano, contando com o interino Adriano Teixeira, o Santa Cruz tem bom retrospecto com estreia de novos comandantes no passado recente. Desde a Série B de 2015, dos seis técnicos que o clube teve, apenas Doriva perdeu na sua primeira partida. E os corais querem manter a sequência positiva para escapar do Z-4 da Segundona.
Tudo começou após a queda do técnico Ricardinho, em 2015. Marcelo Martelotte assumiu a equipe em um eletrizante 3x3 contra o Ceará, na Arena Castelão. Depois do acesso pra Série A e a queda no ano seguinte, Milton Mendes foi pro Arruda.
O treinador estreou com vitória, também contra o Ceará e fora de casa, pelas quartas de final da Copa do Nordeste. Encerrando 2016 e chegando em meio a uma turbulência no clube, seja na tabela da Série A ou na parte financeira, Doriva foi o único que não venceu no seu primeiro jogo. Derrota para o Fluminense por 1x0, em casa, no Arruda.
Em 2017, Eutrópio estreou com empate nos acréscimos contra o Campinense, no Nordestão. Já Givanildo Oliveira, no retorno ao Arruda após sete anos, venceu com folga o Brasil de Pelotas, por 3x0 e em jogo válido pela Série B, na Arena. Há quatro anos, sempre que um treinador é demitido no Arruda, o auxiliar Adriano Teixeira assume o comando técnico. Desde então, o ex-zagueiro do clube nunca perdeu em suas “estreias”: são quatro empates e uma vitória.
Mais do que mostrar os números, o que realmente se altera numa equipe que, muitas vezes sem reforços, consegue reagir no curto prazo? “Muda tudo. Esperamos uma mudança dentro de campo, de atitude dos jogadores. Todo atleta começa do zero (na briga pela titularidade) e tem chance (de começar jogando). Martelotte está fazendo várias mudanças na equipe porque ele quer observar todo mundo. Tem que mostrar no treino, e isso cresce o nível de competição dentro do elenco. Agora é botar tudo em prática contra o ABC e conseguir a vitória”, explicou Derley.