Marcelo Martelotte fala em trabalhar o emocional do Santa Cruz

Santa Cruz é o 18º na tabela com 29 pontos
Carlyle Paes Barreto
Publicado em 09/10/2017 às 8:16
Martelotte já passou outras três vezes pelo Santa Cruz como técnico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz


Afundado na zona de rebaixamento, na antepenúltima colocação e a cinco pontos do primeiro time fora do z-4, o Luverdense, o Santa Cruz vai trabalhar mais o lado emocional dos jogadores, para tentar reagir na Série B do Campeonato Brasileiro. Foi o que afirmou o técnico Marcelo Martelo, após a derrota para o América-MG, sábado, no Arruda, a segunda seguida do tricolor.

“Já começamos a trabalhar isso. Ainda no vestiário. Não tenho dúvida que falta confiança. Qualidade existe. Jogadores aqui seriam titulares em outras equipes. Mas estamos tentando, colocando os jogadores (reservas) para jogar. Mas as coisas não estão acontecendo. Vamos continuar tentando”, confirmou. “Estamos com a postura correta de marcação, o time tem se defendido bem. Mas infelizmente não transforma ações em gols. O principal aspecto é o emocional. Precisa de uma vitória para retomar a confiança dos jogadores.”

Sobre a derrota em si, para o vice-líder América, Martelotte lamentou o placar. Mas viu espaço para elogiar o time. “Resultado muito ruim, que a gente não esperava. Sabia da dificuldade, da qualidade do adversário. Mas entramos consciente que jogando no nosso limite, poderíamos ter vendido. E chegamos a jogar melhor que o adversário. O fato de jogar dentro do campo do adversário, diz isso. Maior parte do jogo teve este domínio. Mas não soubemos ter o resultado. Que seria o mais importante, neste momento.”

Em relação às mudanças que promoveu, reconheceu que pode ter influenciado no gol tomado. “Pode ser que tenha aberto espaço. Mas tivemos domínio. A ideia era que tivesse Natan encostando nos homens de frente. De tentar ganhar o jogo. Se foi por esta substituição que levou o gol, temos que analisar friamente”, admitiu. “Mas treinamos assim, e jogamos assim na semana passada”, completou.

GRAFITE

Sobre a má fase de Grafite, explicou que pediu que o atacante não saísse tanto da área, que não se importasse tanto em participar mais o jogo. “Importante a presença de Grafite dentro da área. Não tínhamos outros jogadores com esta característica. Importante que ele não saia tanto, que fique mais preso. Sei que é difícil para um jogador não participar tanto. Mas queria ele mais próximo ao gol.”

Apesar da chateação pela sequência negativa, o técnico coral teve espaço para ser otimista. Dizendo acreditar na fuga da degola. “Tem muito campeonato pela frente. Tem muitos pontos ainda a serem disputados. Mas temos que reagir logo. E jogar uma decisão em Florianópolis. Que é adversário direto”, ressaltou, referindo-se ao duelo de sábado, contra o Figueirense.

Os jogadores também falaram sobre a derrota de sábado. Anderson Sales lamentou o gol mal anulado e a bola na trave no finalzinho. “Não tava impedido, né? Então. Fomos prejudicados.”

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