O técnico Paulo César Gusmão não teve tempo para trabalhar o time do Santa Cruz para o confronto do domingo passado, contra o Atlético-AC, mas buscou compensar na base do diálogo. Mesmo de forma tímida conseguiu mexer com o elenco coral. Aos 55 anos, experiente como jogador e treinador, tem o “futebolês” na ponta da língua e o utilizou com o grupo tricolor. Mudou o posicionamento individual de alguns atletas, a formação tática, fundamentos e erros técnicos.
“Procurei conversar com eles desde que cheguei. O grande lance desse último jogo foi estar o tempo inteiro junto. Poder sentar para almoçar, lanchar, jantar, tivemos um papo antes da partida que foi até o fim da noite anterior. Busquei saber como poderíamos fazer uma mudança durante a partida sem substituições. Tanto que no segundo tempo inverti os pontas (Robinho e Fabinho Alves) e Geovani flutuou no meio-campo”, afirmou o treinador.
Antes da chegada de PC Gusmão, o Santa Cruz variava do esquema 4-4-2 para o 4-3-3. O meia Geovani atuava como um segundo atacante se aproximando do centroavante. Fato que não aconteceu na vitória diante do Atlético-AC, pois ele ficou mais livre para criar e flutuar entre os volantes.
Outro ponto alterado na partida na base da conversa foi o posicionamento dos atacantes de lado de campo. Robinho e Fabinho Alves ficavam mais dedicados aos lados direito e esquerdo do ataque, respectivamente, e tiveram os setores invertidos. Paulo César também se mostrou ciente da carência de uma referência no ataque e destacou que sabe como Robert gosta de jogar, pois já trabalhou com ele.
A boa posse de bola foi um dos pontos positivos do Santa Cruz, na visão de Gusmão. Só que, segundo o técnico, a equipe não estava utilizando de forma progressiva e estava vulnerável. Mesmo estando no começo, o início da nova era no Arruda foi muito bem aceita pelo elenco coral.
“PC é um treinador muito experiente e rodado. Foi como ele falou, que tudo que viveu a gente também vai viver, todos nós jogadores. Só disse que estava aqui para ajudar, era mais um e anteciparia a experiência e tudo que viveu com a gente, porque ele sabe melhor do que ninguém. Incentivou e sua chegada foi muito boa. É um bom treinador, amigo. Deixou a gente muito à vontade. Isso foi um ponto fundamental na nossa vitória”, disse Geovani.