Cobra Coral

Santa Cruz de olho em todos os detalhes antes da decisão pela Série C

Precisando da vitória, Santa Cruz visita Confiança, em Aracaju, neste domingo

Davi Saboya
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Davi Saboya
Publicado em 10/08/2019 às 7:25
Foto: Tião Siqueira/TV Jornal
Precisando da vitória, Santa Cruz visita Confiança, em Aracaju, neste domingo - FOTO: Foto: Tião Siqueira/TV Jornal
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O Santa Cruz vive neste domingo mais uma decisão em busca do sonho retorno à Série B do Campeonato Brasileiro. E antes de jogos importantes, como o deste domingo ante o Confiança, todos os detalhes dentro e fora do campo fazem a diferença. Ciente disso, o técnico Milton Mendes tratou de deixar claro que o clima entre comissão técnica, jogadores e diretoria é positivo. Ainda mais em um momento que os bastidores do Arruda “pegavam fogo”, divergindo sobre insatisfações em relação ao trato do treinador com os jogadores, principalmente durante os cinco jogos seguidos sem vitória. Mas que após o triunfo heroico de virada em cima do Imperatriz, na rodada anterior, o ambiente amenizou e resgatou a confiança na reta final da temporada.

“Nossa equipe sempre esteve bem, mesmo nos momentos ruins. Tenho experiência e disse aos jogadores que nesse momento era necessário união. Falei que de todos os lados iriam aparecer situações desagradáveis. Briga interna. Isso seria certo. Após o segundo tropeço, afirmei para eles a necessidade de segurarmos nas mãos e não deixar nenhum espaço. Na hora do trabalho, eles (jogadores) sabem que o líder deles exigem muito. Mas fora, brinco também. Sabemos que futebol é resultado, mas nosso estado de espírito é muito bom”, afirmou Milton.

O comandante coral explicou que as exigências que realiza aos atletas do Tricolor do Arruda são naturais e periódicas. De acordo com o técnico, o termo “cobrança” não se encaixa na situação. “O treinador usa a sala de imprensa para exaltar o grupo e puxar a responsabilidade no momento difícil. Quando tenho que cobrar, temos a nossa sala de vídeo, onde sempre nos reunimos para realizar as nossas avaliações boas e menos boas. O que não é uma cobrança. O treinador quando cobra pode fazer isso em termos de entrega. E não sobre saber mais ou menos. Tenho que padronizar a equipe e mostrar para eles o que quero”, destacou.

Milton Mendes voltou a citar a semana que antecedeu a 14ª rodada da Série C e fez questão de ressaltar que a reunião que teve na antevéspera não foi em tom de cobrança. “Quando existiu o fato lá em Natal antes do jogo contra o ABC, eu estava mostrando e incentivando os atletas a fazerem o que era possível. A minha linha já foi mais incisiva em termos de cobrança. Hoje aprendi a trabalhar no Brasil. Sei que é preciso uma linha mais paternal do que técnica. Assim, é possível orientar, ensinar e conseguir tirar deles o necessário. O jogador brasileiro é muito sensível”, contou.

PASSADO

O técnico tricolor ainda lembrou os episódios de mau relacionamento que teve na primeira passagem na Cobra Coral e no Vasco. Segundo Milton, o passado na carreira serviu como lição pessoal e profissional. “Surgiu a primeira notícia sobre essas coisas aqui. Não vou dizer o que e quem porque não posso falar. Um jogador fez uma indisciplina muito grande e tive que me posicionar. A partir dali esse atleta começou a falar essas coisas e não citou o motivo. No Atlético-PR, tenho até hoje um relacionamento muito bom com aquele elenco. No Vasco, tive que fazer uma limpeza nos ‘coroões’ e a partir dali existiu alguns embates. Tirei oito jogadores acima de 34 anos e coloquei meninos da base. Os choques eram previsíveis”, declarou. “Eu era muito incisivo e direto nas cobranças. Às vezes, é preciso olhar para trás e admitir o que não estava dando certo. Errar é humano, persistir no erro é burrice. E eu de burro não tenho nada”, completou.

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