A vitória estava tão ausente que o pós-jogo do Sport foi “rasgação de seda” para todos os lados. Ainda no campo, o volante Wendel e o meia Diego Souza exaltaram as qualidades do técnico Eduardo Baptista. Na sua vez de encarar os jornalistas o técnico agradeceu e tocou num ponto curioso: a reunião do presidente João Humberto Martorelli com todo grupo no sábado foi a injeção de ânimo que todos precisavam.
Wendel elogiou o trabalho do técnico ao lembrar que tudo que foi construído até agora teve a participação fundamental dele. Diego Souza foi mais além. Disse que trabalhou com grandes treinadores e seu atual técnico não deve nada para eles.
Baptista agradeceu o carinho e afirmou que o grande motivo de nunca ter pedido para sair é o comprometimento com o trabalho, mesmo com toda pressão. E ao falar nessa pressão ele lembrou da conversa de Martorelli com jogadores e comissão técnica. “Ele foi lá conversar com a gente e se fosse outra pessoa iria escrachar. Em dois minutos de fala ele nos deu uma ajuda imensa. Na preleção de hoje (ontem) falei só de tática. A parte motivacional deixei por conta dele, pela simplicidade com que falou. É um dos responsáveis por essa vitória”.
Sobre o jogo em si, Eduardo explicou que a diferença dos três jogos anteriores foi que o Sport marcou um gol de frente. Depois disso, brigou muito para manter o adversário longe de seu goleiro. “Foi a vitória do merecimento para um grupo sério, que trabalha. Estávamos há dois meses nessa situação (sem vencer) e não tem ninguém no departamento médico. Todo mundo está se propondo a ajudar”, ressaltou.
A opção pela dupla Brocador/André surgiu mesmo pela necessidade de vitória e o fato de já ter acionado os dois em outras oportunidades facilitou a decisão. Só era preciso conversar com todo mundo para não deixar o time mais exposto. “Quis arriscar. Conversei com todos os jogadores da dificuldade de não ter um volante enfrentando um time leve como o Fluminense. Diego (Souza) fez uma grande partida e vou encher ele porque essa é a posição, vindo de trás. Não queria outro meia porque Hernane e André têm característica de vir buscar a bola, poderia trombar com outro meia”, explicou.
DANILO
Apesar de toda a carga dramática que envolvia a partida não se pode negar a ironia: possivelmente o jogador menos popular com a torcida marcou o gol salvador. Mas Danilo não aproveitou o momento para desabafar, contra-atacar os críticos ou algo parecido. “Fiz um gol importante, de três pontos, mas a critica é normal no futebol. Se não fosse assim não seria tão bom”.