Vaiado por boa parte da torcida, questionado pela demora nas substituições e pelas opções nas mudanças, o técnico Oswaldo de Oliveira se disse tranquilo com a sua situação no Sport. Mesmo depois de mais um tropeço e, agora, bem próximo da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
“Eu tenho sentido muito apoio da diretoria e de todos que nos cercam. Todo mundo muito empenhado. Não vejo nenhum deslize, nenhuma prevaricação com relação às nossas responsabilidades. Ocorre que muitas vezes a gente não consegue o objetivo”, destacou. “Mas tem que ver o tipo de partida que o Sport tem jogado. Tem que deixar bem claro para todos vocês. Conseguir o que conseguimos, o que o Sport fez lá no Corinthians, no primeiro tempo. Não é qualquer equipe que consegue. Eu vi o Palmeiras, ontem, tendo mais dificuldade de jogar contra o Corinthians do que o Sport teve. Contra o Atlético, também. Isso é que me dá tranquilidade que meu trabalho. Acima de qualquer outra coisa”, acrescentou.
Mesmo louvando seu trabalho e chamando a derrota para o Coritiba de intercorrência, Oswaldo diz estar ciente da situação. “Mas sabemos que tudo isso vai por terra quando o resultado não vem.”
Em relação às substituições de ontem, quando sacou o melhor jogador em campo, Everton Felipe, além de ter deixado Rogério no banco, tentou explicar: “Tínhamos o risco de perdê-lo (Rogério). Por isso procurei utilizá-lo apenas durante 30 minutos. A situação da mexida, eu puxei Gabriel para uma situação que ele já jogou. É um jogador que tem capacidade muito grande de organizar e penetrar na área. Rodney Wallace, numa escala logo abaixo de Rogério (física). Mas Rodney é muito forte. Eu fui com ele até onde deu. Mas quando você percebe que o jogador começa a errar tecnicamente, é porque ele não vai mais conseguir produzir. E Renê está treinando bem e cruza melhor. Essa foi a ideia. E Vinícius é um jogador que entrou contra Internacional, fez o gol. Entrou contra o Santa Cruz, fez o gol. Então a gente tem que colocar um jogador que fizesse gol. E de todos, Everton é o que menos faz gol.”
Jogador mais perigoso do Leão, Everton Felipe não quis reclamar de sua substituição. “Está tranquilo. O professor sabe o que faz. Ele quis colocar Vinícius Araújo, um homem-gol lá na frente”, explicou. Sobre a ameaça de rebaixamento, disse: “Era um confronto direto. Mas não pode ficar com a cabeça abaixada. Temos muitos jogos para reverter.”