Sport repudia áudio vazado de Luxemburgo

Presidente Arnaldo Barros teme a presença de infiltrados no Sport
Felipe Holanda
Publicado em 05/09/2017 às 9:14
Presidente Arnaldo Barros teme a presença de infiltrados no Sport Foto: Williams Aguiar/Sport


O áudio vazado de uma conversa acalorada do técnico Vanderlei Luxemburgo com os jogadores do Sport após a derrota para o Grêmio escancarou uma das grandes fraquezas leoninas: o sentimento de traição. O vazamento extrapolou os limites do vestiário, algo sagrado para aqueles que fazem e respiram o futebol. Ciente do problema, o clube se posicionou negativamente sobre o ocorrido. Segundo o presidente Arnaldo Barros, o que aconteceu tem que servir como lição para a cúpula rubro-negra.

“Isso não nos preocupou ou incomodou porque o conteúdo do áudio não tem nada demais. O que tem é um comandante cobrando dos seus comandados na linguagem usada naquela área de trabalho. O vazamento nos preocupa porque ele reflete que alguém do grupo, e aí eu não posso acusar ninguém, entendeu que o grupo não é capaz de resolver seus próprios problemas e achou que alguém de fora poderia intervir e resolver. Isso não é bom e não é responsável para com o clube. Foi uma atitude isolada na qual já tratamos internamente e na qual não concordamos e espero que não torne a acontecer”, argumentou Arnaldo.

Em relação ao trabalho de Vanderlei Luxemburgo, com quem a torcida rubro-negra vem demonstrando apoio, o presidente do Sport garantiu que o técnico tem carta branca para fazer o que desejar no elenco. Na coletiva pós jogo, sábado, Luxa sinalizou que poderia sacar alguém do time que não tivesse se doando à altura.

“Em momento algum passou ou passa a hipótese de trocar o técnico do Sport. O treinador do time do Sport é Vanderlei Luxemburgo. Ele sempre teve carta branca para sacar ou modificar o elenco. Sempre terá também. Desde o primeiro momento que assumimos a presidência, um dos nossos postulados é e sempre será o profissionalismo. E isso não é só contratar. É respeitar os profissionais na sua área de atuação. Não teria sentido uma gestão que não preza pelo profissional. Vanderlei sempre teve, tem e terá carta branca para trabalhar o elenco da maneira como ele achar que deva”, emendou o presidente.

TRAIRAGEM

Antes de Arnaldo Barros, o vice-presidente Gustavo Dubeux já havia externado a insatisfação leonina com o vazamento do áudio. “Vamos atrás de quem vazou o áudio, porque aquilo foi de uma grande ‘trairagem’. Temos que extirpar essa pessoa do clube. Eu não posso chegar aqui e desconfiar de ninguém. Acho que, evidentemente, sendo do próprio treinador seria um tiro no pé, acho fora de cogitação. Agora temos como saber quem vazou e tomar as medidas cabíveis”, disse, em entrevista à Rádio Jornal.

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