Dilema do Sport para 2018: finanças equilibradas ou time técnico?

Diretoria rubro-negra terá de reduzir a folha salarial, mas sem enfraquecer a equipe
Wladmir Paulino
Publicado em 22/12/2017 às 7:11
Diretoria rubro-negra terá de reduzir a folha salarial, mas sem enfraquecer a equipe Foto: Foto: JC Imagem


De novo Diego Souza vira objeto de desejo do São Paulo como fora do Palmeiras. Mas agora, o que poderia ser uma reedição daquela novela pode ter um desfecho bem diferente pela difícil tarefa que o Sport terá em 2018: cortar na própria carne. As receitas caíram no segundo semestre de 2017 e os salários atrasaram. Chegou ao ponto de o clube aproveitar o interesse do Atlético- MG no lateral-direito Samuel Xavier para se livrar de um pagamento de luvas que devia ao jogador. Na esteira do camisa 87 está o volante Rithely. Duas multas que podem render uma boa fatia dos 25% que devem ser suprimidos do futebol. Mas como tudo tem dois lados, seria inegável a perda técnica com a saída da dupla. Ainda que o rendimento não tenha sido bom em 2017, os dois têm bons serviços prestados e comprovados.

O fiel da balança no que envolve Diego Souza pode ser o atacante Rogério, com seus direitos econômicos comprados ao São Paulo em parcelas a serem pagas até o próximo ano. Embora o clube garanta não haver atraso, esses ‘boletos' podem ser rasgados caso DS87 vá para o Morumbi: o Sport se livraria de valores a pagar e teria consolidado mais um patrimônio. Ao mesmo tempo abateria os contracheques com um de seus atletas mais caros.
Isso apenas sob a ótica financeira. No que diz respeito ao futebol, a contribuição de Diego e Rithely não pode ser desprezada. Diego, ao chegar em 2014, ajudou o time a manter-se na Série A. No ano seguinte comandou a excelente campanha no Brasileirão quando o clube chegou ao sexto lugar. No ano passado seus 14 gols foram fundamentais para evitar o rebaixamento.

Já o volante amadureceu seu jogo ao longo do tempo. Esteve em campo nos acessos de 2011 e 2013. Aguentou severas críticas até 2014, quando virou titular definitivamente e referência no meio de campo. No início desta temporada foi monitorado pela comissão técnica da seleção brasileira em consequência do que produziu nos dois anos anteriores.

OPINIÃO CONTRÁRIA

O presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Homero Lacerda, tem opiniões distintas para os dois casos. Para ele, Diego Souza só deveria sair por uma proposta muito vantajosa para o Sport, embora acredite que ainda seria melhor trabalhar bem o jogador para deixar na melhor forma atlética possível.

“Se estivesse na diretoria iria estudar com muito cuidado uma proposta por Diego Souza. O Palmeiras se interessou. ‘Me cede Keno, mais fulano, sicrano e dinheiro’. Aí passa a ser um grande negócio”. Mas para Rithely ele é irredutível. “Ninguém vai pagar o que eu acho que o Sport merece por ele.”

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