Principal nome especulado para assumir o comando técnico do Sport após Claudinei Oliveira deixar o cargo no último domingo, Eduardo Baptista pode reencontrar no rubro-negro os raros dias de estabilidade no trabalho. Isso porque, desde que deixou o Leão em 2015, para assumir o Fluminense durante a Série A, o treinador apresentou uma alta rotatividade pelos clubes brasileiros, com seis ciclos em menos de quatro anos, com uma média de 144 dias para cada passagem.
Na carreira breve carreira, Eduardo conseguiu uma única vez comandar uma equipe do início ao fim do Campeonato Brasileiro. Justamente em sua primeira temporada como treinador efetivado pelo Sport, em 2014. Após conseguir os títulos do Pernambucano e da Copa do Nordeste, terminou a Série A na 11ª colocação, com 52 pontos.
Mantido na temporada seguinte, após o bom início de campeonato onde esteve invicto nas onze primeiras rodadas, Eduardo e seus comandados amargaram um longo jejum de vitórias no segundo turno e o treinador deixou o cargo após 579 dias para acertar com o Fluminense, onde durou apenas 161 dias. Naquela temporada, com Falcão dando sequência ao trabalho, o Leão conseguiu a sua melhor campanha nos pontos corridos do Brasileiro, terminando em 6° lugar.
Após o mau desempenho no Rio, o treinador voltaria a ter uma boa sequência na Ponte Preta. Ao assumir a equipe no decorrer do Brasileirão. Mais uma vez entrou para a história de um clube intermediário na Série A, ao levar o time campineiro à 8ª colocação geral, melhor posição da Macaca nos pontos corridos, em 2017. Feito que fez despertar o interesse do Palmeiras.
O maior desafio da carreira de Eduardo durou pouco. Ao assumir o lugar de Cuca, atual campeão nacional pelo clube alviverde e com um dos elencos de maior investimento do país à época, o treinador não teve descanso com críticas e pressão. Após um episódio de desabafo contra jornalistas em coletiva de imprensa, o clima ficou ainda mais complicado e o treinador deixou o clube mesmo mantendo uma boa campanha na Libertadores e tendo o seu melhor aproveitamento na carreira, com 66%.
Do maior desafio, ao maior fiasco. Após deixar o Palmeiras, o técnico durou apenas 48 dias no Atlético-PR. Contratado para encabeçar um projeto apontado como 'a longo prazo' no furacão, acabou demitido junto ao diretor Paulo Autuori, seu antecessor. De volta à Ponte Preta, teve no clube paulista o seu terceiro em 2017.
Nesta temporada, acabou demitido antes mesmo do final do Campeonato Paulista, após mais uma campanha ruim. Assumiu o Coritiba durante a Série B, após uma derrota do Coxa para o Sampaio Corrêa. Acabou demitido na última sexta-feira, após empatar com o mesmo Sampaio Corrêa em casa.
Contratação: 16/04/2018
Demissão: 10/08/2018
Dias: 116
Retrospecto: 18J, 6V, 8E e 4D
Aproveitamento: 48%
Contratação: 20/09/2017
Demissão: 09/03/2018
Dias: 170
Retrospecto: 28J, 6V, 9E e 13D
Aproveitamento: 29%
Contratação: 23/05/2017
Demissão: 10/07/2017
Dias: 48
Retrospecto: 13J, 5V, 3E e 5D
Aproveitamento: 46%
Contratação: 16/12/2016
Demissão: 04/05/2017
Dias: 139
Retrospecto: 23J, 14V, 4E e 5D
Aproveitamento: 66% (e invicto em casa)
Contratação: 15/04/2016
Demissão: 02/12/2016
Dias: 231
Retrospecto: 43J, 17V, 11E e 15D
Aproveitamento: 48%
Contratação: 17/09/2015
Demissão: 25/02/2016
Dias: 161
Retrospecto: 26J, 8V, 5E e 13D
Aproveitamento: 37%
Efetivação: 15/02/2014
Demissão: 17/09/2015
Dias: 579
Retrospecto: 127J, 55V, 35E e 37D
Aproveitamento: 53%