Apesar de passados três anos, a saída controversa de Eduardo Baptista do Sport, na sua primeira passagem pelo clube, ainda repercute na Ilha do Retiro. Na apresentação oficial à imprensa, o treinador se mostrou sereno quanto ao questionamento e reconheceu que errou ao deixar o Leão para acertar com o Fluminense sem comunicar à direção de futebol rubro-negra e ao então presidente do clube, João Humberto Martorelli - só avisou a Nei Pandolfo, que era o executivo de futebol em 2015.
"Para aqueles que ficaram com mágoa, o que tenho a dizer que vim de peito aberto. Em 2015, o Sport passava por um momento difícil e bem parecido como esse (o time leonino chegou a ficar dez jogos sem vencer no Brasileirão). Era muita pressão e achei que a minha saída poderia melhorar. E melhorou com a chegada de Falcão (Paulo Roberto). Se me perguntasse se faria novamente, eu não faria. Suportaria a pressão e, hoje, vejo que foi um erro. Não cometeria novamente", declarou Eduardo após um intenso primeiro treino.
Com relação ao possível desconforto com o atual presidente do Sport, Arnaldo Barros, que na época era o vice de futebol do clube quando Baptista deixou a delegação rubro-negra lá no Rio de Janeiro, o treinador garantiu que vai buscar conversar com o mandatário do Leão.
"Naquela saída, talvez, o meu erro foi demorar a conversar na hora de passar a informação, que acabou vazando. Isso magoou algumas pessoas. Mas tenho um carinho enorme pelo Arnaldo (Barros) e acredito que ele tenha por mim. Vivemos momentos intensos juntos no clube. Ele me ajudou muito e sei que também o ajudei. Ainda não tive a oportunidade de falar com ele, mas tenho vontade de conversar abertamente. Eu o respeito e sei que também há um respeito pela minha pessoa. Na época, o que houve foi um ruído de comunicação, que acabou tomando uma proporção maior, mas não teve nada a mais que isso. Estou ansioso para encontrá-lo e conversarmos", falou.