A tabela da Série A está cada vez mais se afunilando. E, justamente nessa fase, é que começam a surgir os blocos de quem briga por qual objetivo dentro da competição. Por mais que o Sport (18º, com 20 pontos) só tenha seis pontos a menos de clubes que estão na primeira página da classificação, esse hiato se torna quase que imensurável se observado o longo jejum de vitórias do Leão - em 11 jogos, foram nove derrotas e dois empates. Diante disso, para que a fuga do rebaixamento não comece a se desenhar como irreversível, o triunfo diante do lanterna Paraná (20º, com 15), hoje, às 16h, na Ilha do Retiro, pela 22ª rodada do Brasileirão, é mais que fundamental. Se tornou uma obrigação.
Antes de acertar o seu retorno ao Sport, Eduardo Baptista estava comandando o Coritiba e pôde observar de perto o trabalho desenvolvido no Tricolor Paranaense. O que pode ajudar a quebrar a marca negativa do Leão. “Eu acompanhei de perto o Paraná.
É uma equipe que se formou muito rápido. Eles contrataram 25 atletas de uma vez. Isso não dá liga rapidamente. Em dez chances, talvez você acerte uma. Mas foi uma equipe muito bem treinada pelo Micale. Muito organizada. Claudinei Oliveira (ex-técnico do Sport) tem a mesma linha e deve seguir os mesmos conceitos. É um time bem fechado, organizado e temos que tomar cuidado com isso. Eles não se preocupam em ter a bola, preferem jogar em transição, nos contra-ataques”, destacou o treinador.
Para esse duelo com a equipe paranista, o comandante rubro-negro vai promover algumas modificações no time em relação à derrota para o Botafogo, na última rodada. Apesar de não ter confirmado a formação titular, Baptista só antecipou a manutenção de Durval entre os titulares e a dúvida de quem vai entrar na vaga do suspenso Deivid: Neto Moura ou Nonoca (ainda não estreou).
Já na linha defensiva, Eduardo terá os retornos dos laterais Cláudio Winck e Sander - cumpriram suspensão diante do Fogão - e voltam à titularidade. Além disso, o xerifão Durval vai permanecer na equipe principal. “Ele não vinha jogando, mas fez uma atuação segura contra o Botafogo e, por isso, vai entrar jogando. Precisamos dar uma resposta em campo. Até para criar essa competição interna”, declarou o treinador. Com isso, quem deve ir para o banco de reservas é Ronaldo Alves, que vem sendo muito criticado por suas constantes falhas.
Enfrentar o lanterna nem sempre foi uma vantagem para o Sport. Muito pelo contrário. Nos últimos anos, o time rubro-negro se acostumou a ressuscitar alguns fantasmas do Brasileirão. Ciente dessa sina rubro-negra, Eduardo Baptista explicou essa dificuldade. “Talvez seja melhor pegar um São Paulo ou um Flamengo aqui no Recife, que vêm para jogar e vão acabar dando espaço. Lógico que tem a qualidade, mas vão dar esse espaço para puxar o contra-ataque. Quando você pega uma equipe como o Paraná temos de ter cuidado justamente para não dar essas brechas e, especialmente, com as bolas paradas”, falou.
FICHA DO JOGO - SPORT X PARANÁ
SPORT: Magrão; Cláudio Winck, Ernando, Durval e Sander; Neto Moura (Nonoca) e Fellipe Bastos; Marlone, Gabriel (Morato) e Rogério; Hernane Brocador. Técnico: Eduardo Baptista.
PARANÁ: Richard; Junior, René Santos, Cleber Reis e Igor; Johnny Lucas (Jhonny), Alex Santana, Caio Henrique (Carlos), Nadson e Silvinho; Grampola. Técnico: Claudinei Oliveira.
Local: estádio da Ilha do Retiro, no Recife (PE). Horário: 16h. Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG). Assistentes: Celso Luiz da Silva e Marcus Vinícius Gomes (ambos de MG). Ingressos: de R$ 5,00 a R$ 80,00.