Após ver cair a liminar que impedia a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária, o presidente do Sport, Arnaldo Barros, voltará a travar mais uma batalha jurídica com sócios do clube. No último dia 31 de agosto, juiz Ailton Alfredo, do Juizado do Torcedor, proferiu o despacho referente à ação de obrigação solicitada por um grupo de sócios em março deste ano.
O requerimento solicitava a entrega de um relatório detalhado da situação financeira do clube, explicações sobre as operações de compra, venda e empréstimo de jogadores, além de informações sobre as receitas do clube. Antecipação de quotas de televisão, atraso no salário de funcionários e um aprofundamento da folha administrativa do Sport também entraram no pedido, assim como o valor da folha salarial do futebol profissional e os motivos para a desistência da Copa do Nordeste.
Todas as rogativas têm parâmetros legais, conforme o artigo 45 do Estatuto do Leão. Como, segundo o "Sport acima de tudo", apenas um espelho do balanço econômico e uma lista de sócios foi entregue, o grupo realizou uma petição. A segunda ação pede uma medida mais drástica para a resolução do caso, incluindo o afastamento imediato de Arnaldo da gestão executiva do clube rubro-negro. Desde a última segunda (10), um prazo de leitura de 10 dias já está vigorando e, a partir de 20 de setembro, Arnaldo é obrigado a dar resposta para o Juizado.
"Somos associados do clube e estamos apenas buscando nosso legítimo direito, como está determinado no estatuto do clube", disse Bruno Batista, advogado do grupo de associados. A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria do presidente Arnaldo Barros, mas não obteve resposta.