Uma partida gigante. Não somente por se tratar de um confronto entre os eternos rivais do Brasileiro de 1987 ou pelo fato de a Ilha do Retiro receber o seu maior público do ano - deve passar dos 25 mil torcedores -, mas principalmente por Sport e Flamengo chegarem a partida deste domingo (18), às 16h, pela 35ª rodada da Série A, ainda com ambições no campeonato. É bem verdade que as pretensões são bem distintas, mas a vontade de vencer de ambos é a mesma. Enquanto o rubro-negro pernambucano (com 38 pontos) quer a vitória para encaminhar a sua permanência na Primeira Divisão do próximo ano, o rubro-negro carioca (3º, com 63) quer os três pontos para seguir sonhando com o título do Brasileirão.
“Sempre falamos que o nosso objetivo é jogo a jogo. Assim estamos pontuando e crescendo. E não será diferente contra o Flamengo. A nossa meta está traçada e nós esperamos render o melhor nesse jogo. Sem dúvida que, se conseguirmos vencer esse jogo, estaremos muito mais perto do nosso objetivo. Mas sabemos que será difícil, pois o Flamengo é uma equipe grande, com excelentes jogadores, renomados, com um treinador que eu respeito muito. Um clube com dimensão histórica no cenário nacional e mundial. Mas também temos as nossas armas e sabemos do nosso real valor e importância”, falou Milton Mendes.
Para esse confronto decisivo, o treinador leonino terá de volta o lateral-direito Cláudio Winck e o meia Gabriel (cumpriram suspensão no último jogo). Em compensação, Raul Prata, que atuou nas últimas três rodadas improvisado na lateral esquerda, está suspenso e desfalca o Sport. A expectativa gira em torno da utilização do titular Sander, que mesmo sem estar 100% recuperado das dores no tornozelo, pode entrar e jogar no sacrifício. O restante do time é mesmo que conseguiu emplacar cinco jogos de invencibilidade no Brasileirão - três vitórias e dois empates.
No banco de reservas, o comandante rubro-negro perdeu três opções: o volante Nonoca (com desconforto na coxa), o meia Morato (sofreu um trauma direto no joelho), além do atacante Rogério (dores no púbis), todos vetados pelo departamento médico.
Mesmo diante de um dos elencos mais caros do futebol nacional, Milton garantiu que o Sport não vai mudar de postura em relação aos últimos jogos. “Nosso futebol não é reativo. Nos primeiros jogos, quando a gente buscava a estabilidade, usamos a reação como tônica do nosso jogo. Mas hoje estamos propondo o jogo. Mostramos isso na Arena do Grêmio, tomamos a iniciativa e ganhamos. Claro que em alguns momentos baixamos as nossas linhas porque o adversário está com maior posse de bola no momento. O Flamengo não sabe fazer o jogo reativo. Eles jogam com as linhas altas, pois têm jogadores que gostam de ter a bola no pé. Mas, nem por isso, vamos ser reativos. Vamos propor o jogo também.
Como o atual ponto de corte para escapar do rebaixamento está em 43 pontos, o Leão precisa somar mais cinco nas últimas quatro rodadas da Série A. Depois de encarar o Flamengo, em casa, o time leonino terá dois compromissos longe do Recife: Chapecoense, na Arena Condá; e São Paulo, no Morumbi. Por fim, fecha a competição contra o Santos diante de sua torcida.