Empossado na noite desta quarta-feira (2), às 19h30 na Ilha do Retiro, o presidente Milton Bivar assumirá oficialmente o comando do Sport Club do Recife, no auditório do Conselho Deliberativo na sede do clube. Mesmo sem ter conhecimento da real situação financeira do rubro-negro, o novo mandatário – que estará no comando durante o biênio de 2019-2020 – tem consciência das operações necessárias para recuperar o Leão da crise em sua gestão. Para ele, um dos maiores obstáculos do Sport é a recuperação da credibilidade no futebol nacional.
“Temos o problema financeiro (queda de receita de R$ 40 milhões para R$ 8 milhões), mas também temos outro problema de ordem psicológica, que é a credibilidade. O Sport está sem credibilidade no mercado. O mercado é cruel em certa maneira”, disse o presidente Milton Bivar em entrevista a Ralph de Carvalho, para a Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (2).
Ele também mencionou as dificuldades que o Sport já vêm enfrentando para reestruturar o elenco. “Quando um time cai, os outros vêm para cima, ninguém respeita e você sai tentando fazer negócio. E outros clubes acabam dificultando a negociação com os seus jogadores. Mas, inicialmente temos que diminuir a folha. Isso passa pelos maiores salários. E alguns atletas por terem o salário alto, conseguimos alguns negócios para que houvesse a diminuição da folha”.
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Eleito no dia 18 de dezembro de 2018, o presidente vem trabalhando junto a gestão de Arnaldo Barros desde então. Ele mencionou algumas mudanças já aplicadas pelo clube neste período. “Nós fizemos isso com certo sucesso. No caso do Rogério e do Jair – que teve que ir embora porque houve um relaxamento muito grande da nossa parte, e não era saudável continuar na briga”.
ANDRÉ
De acordo com o presidente rubro-negro, o Leão vai trabalhar para quitar alguns débitos relacionados à transação do atacante André. “Temos que abater alguns numerários dessa transação junto ao Atlético. Depois, o Samuel Xavier, também com alguns débitos. Temos que negociar algumas coisas com o jogador no Ceará, uma vez que o salário dele está fora dos padrões normais para uma Série B”, explicou.
MATEUS GONÇALVES
Bivar também exemplificou a situação do jogador Mateus Gonçalves. “Ele veio para cá, jogou, mas nem o procurador, nem o empresário, nem o próprio jogador receberam. E nós tivemos que fazer uma composição junto ao Fluminense, talvez com a vinda de algum outro jogador para substituir o Mateus. Ele foi liberado, até porque só tinha contrato até maio, e fica difícil para nós um atleta nessas condições”, afirmou.
Milton lembrou que ainda não tem conhecimento do tamanho das dívidas. “Eu montei uma equipe de transição e ela está de posse de uma série de contratos, situações e acordos para que possa me dar um relatório e termos em mãos a real posição financeira do Sport. Por enquanto não temos isso na mão”. E apelou para o apoio da torcida na nova fase do Sport: “espero contar com todo o auxílio da massa rubro-negra para que juntos possamos ter paciência e ajudar na nossa missão”, encerrou.