Cabo diz que era o alvo de tiro que matou cinegrafista

O tiroteio começou cedo, por volta das 6h, quando oito policiais acompanhados de jornalistas, foram recebidos a tiros
da Agência Estado
Publicado em 06/11/2011 às 13:47


O cabo Gomes, do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que participou da ação, hoje pela manhã, na favela do Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Estado, disse que ele era o alvo do tiro que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos. "Muito abalado, afirmou: "O tiro que pegou o Gelson era para mim".

O tiroteio começou cedo, por volta das 6h, quando oito policiais acompanhados de jornalistas, foram recebidos a tiros. Em determinado momento o grupo se separou. A maioria ficou protegida por um muro. O cabo Gomes atravessou a rua e foi seguido por Gelson, protegidos por uma árvore. Os traficantes dispararam dois tiros de fuzil. O primeiro acertou a árvore e o segundo, o cinegrafista.

Segundo testemunhas, o atendimento a Gelson demorou cerca de 20 minutos, já que o tiroteio continuou com intensidade mesmo depois de o cinegrafista ter sido socorrido. Além de Gelson, morreram outras quatro pessoas que a polícia informa serem traficantes. A Polícia Civil quer analisar as filmagens de Gelson para ver se o grupo de quatro pessoas que ele filmara e que posteriormente fez os disparos é o mesmo que foi morto em seguida.

O Grupo Bandeirantes publicou uma nota em seu site sobre a morte de Gelson Domingos sob o título "Band lamenta morte de cinegrafista no RJ - Repórter cinematográfico foi atingido por um tiro de fuzil na favela Antares, zona oeste da cidade".

A íntegra da nota é a seguinte:

"O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

"O funcionário estava de colete à prova de balas - modelo permitido pelas Forças Armadas, sempre usados por profissionais da Band em situações como esta. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante.

"Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia. "O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência."

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