Contrato para construção do último trecho do Rodoanel é assinado em São Paulo

De acordo com o presidente da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), Laurence Casagrande Lourenço, o Rodoanel Norte deve ser inaugurado com trânsito diário de 65 mil veículos, sendo 35 mil de caminhões
da Agência Estado
Publicado em 07/02/2013 às 16:55


 

São Paulo – Os contratos das obras do trecho norte do Rodoanel Mário Covas foram assinados hoje (7) entre governo do estado de São Paulo e construtoras. O trecho tem 44 quilômetros (Km) de extensão, de um total de 178 Km da rodovia. Vai interligar a antiga estrada Campinas /São Paulo (SP-332) com a rodovia Presidente Dutra (BR-116), passando pela Fernão Dias (BR-381) e trazendo ligação de 3,6 Km ao Aeroporto de Guarulhos.

A obra implicará na desapropriação de 3,45 mil famílias. Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, uma parceria com o governo federal incluirá as famílias no programa Minha Casa, Minha Vida.

De acordo com o presidente da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), Laurence Casagrande Lourenço, o Rodoanel Norte deve ser inaugurado com trânsito diário de 65 mil veículos, sendo 35 mil de caminhões. “Vamos deixar de ter uma circulação na Marginal Tietê e no início da Dutra, no trecho urbano de Guarulhos, da ordem de 17 mil caminhões”, estimou.

De acordo com ele, o Rodoanel fará com que o fluxo de caminhões na Marginal Tietê seja reduzido em 40%. A emissão de gases poluentes deve cair, entre 8 e 10%, em toda a região metropolitana de São Paulo. “Não podemos esquecer que o caminhão é o grande emissor do ponto de vista automotivo. Ele fluindo pelo Rodoanel emite muito menos do que parado em congestionamentos no perímetro urbano”, disse Laurence.

Serão feitas compensações ambientais para minimizar o impacto sobre o meio ambiente. De acordo com o governador Geraldo Alckimin, 1,6 bilhão de mudas serão plantadas em áreas degradadas da Serra Atlântica.

Segundo o presidente da Dersa, o trecho da rodovia deverá ter pedágio, mas os valores não foram estabelecidos. “O valor do pedágio deve ser decidido ao final da obra”, declarou. “A licença ambiental do Rodoanel obriga que a via seja “pedagiada”, para que seja preservada a fluidez da rodovia, como uma solução rodoviária e não viária”, disse. Com isso, explicou, não haveria estímulo ao motorista em trocar as avenidas próximas pelo Rodoanel.

 

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