Roger Abdelmassih será encaminhado à Penitenciária do Tremembé

Abdelmassih foi condenado, em 2010, a cumprir 278 anos de prisão por 56 estupros, crimes cometidos contra as próprias pacientes
Da Agência Brasil
Publicado em 20/08/2014 às 13:39
Abdelmassih foi condenado, em 2010, a cumprir 278 anos de prisão por 56 estupros, crimes cometidos contra as próprias pacientes Foto: Foto: Agência Lusa/Senad


Sob custódia da Polícia Federal, o ex-médico Roger Abdelmassih, deve chegar ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade de São Paulo, entre as 13h e as 14h, vindo de Foz do Iguaçu, no Paraná. Assim que desembarcar, ele deverá ser entregue à Polícia Civil de São Paulo e encaminhado à Penitenciária 2 do Tremembé, no Vale do Paraíba.

O especialista em reprodução humana, Abdelmassih foi preso nessa terça-feira (19), em Assunção, no Paraguai, por agentes da Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia e da PF brasileira. Ele foi condenado, em 2010, a cumprir 278 anos de prisão por 56 estupros, crimes cometidos contra as próprias pacientes, entre 1995 e 2008. Abdelmassih teve o registro profissional cassado em agosto de 2009.

No entanto, o ex-médico continuou em liberdade, na época, por ter obtido habeas corpus concedido pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O benefício foi cassado pelo próprio STF, em fevereiro de 2011. Desde então, Abdelmassih estava foragido. O nome dele constava na lista dos mais procurados pela polícia internacional (Interpol).

O paradeiro de Abdelmassih foi descoberto, após investigações feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaedo) - Núcleo Bauru, do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

Segundo o MP-SP, as pistas surgiram durante a apuração de novos crimes praticados pelo ex-médico e por terceiros, tais como favorecimento pessoal, falsidade ideológica e falsidade material,  em cidades do interior paulista, entre elas, a de Avaré. Durante buscas em uma propriedade rural, foram encontrados indícios de que ele estaria no país vizinho. As informações foram então compartilhadas com a PF. 

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