Prorrogada por 90 dias permanência da Força Nacional nos presídios do Maranhão

Só este ano foram registradas 17 mortes dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas
Da ABr
Publicado em 02/10/2014 às 17:34
Só este ano foram registradas 17 mortes dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas Foto: Foto: Reprodução/TV Brasil


Em meio a mais uma onda de ataques a ônibus em São Luís, o Ministério da Justiça autorizou nesta quinta-feira (2) a prorrogação por 90 dias da permanência das tropas da Força Nacional de Segurança que atuam nos presídios do Maranhão. Mesmo se a autorização para emprego do reforço federal ocorrer em caráter “episódico”, o estado conta com a ajuda desde o dia 23 de outubro de 2013.

Atendendo a outro pedido da governadora Roseana Sarney, o Ministério da Justiça enviou homens da Força Nacional para atuar no reforço da segurança nas ruas da capital maranhense e região metropolitana. O trabalho ostensivo começou a ser realizado no início da semana.

Apesar do reforço das tropas federais no sistema prisional, que ocorre há três semanas, 49 presos fugiram do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior do Maranhão. Só este ano foram registradas 17 mortes dentro do estabelecimento prisional. No último dia 15, o então diretor da Casa de Detenção de São Luís (MA), Cláudio Barcelos, foi detido preventivamente por suspeita de facilitar a fuga de presos e também autorizar, mediante pagamento, que detentos deixassem a unidade irregularmente e retornar após cometerem crimes. Na quarta-feira (1º) o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) concedeu alvará de soltura para que Barcelos responda as acusações em liberdade.

Maior estabelecimento prisional do Maranhão, Pedrinhas tem sido palco de constantes rebeliões, brigas e assassinatos. Em 2013, conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), houve 60 mortes. Também partiram do interior do complexo ordens para que bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital maranhense e ateassem fogo a ônibus.

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