O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (12) que a administração estadual deixará prontas obras de engenharia para a possibilidade de captação da quarta cota do volume morto do sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Leia Também
O tucano observou, contudo, que, por enquanto, a intenção do governo paulista é de não utilizar nem a terceira cota do volume morto, que tem em torno de 40 bilhões de litros.
Conforme a Folha de S.Paulo revelou na terça-feira (10), o governo paulista encontrou a nova reserva de água, que tem também cerca de 40 bilhões de litros, na represa de Cachoeira, na cidade de Piracaia, no interior de São Paulo.
"Dos 40 bilhões de litros, para cerca de metade não são necessárias obras para a retirada. Para a outra metade, (são necessárias) pequenas obras de engenharia. Mesmo que não use [o volume morto], nós vamos evitar ao máximo usar até a terceira reserva técnica, é bom ter obras feitas, preparadas. As reservas técnicas existem para isso, em momentos de grande crise hídrica, você poder utilizar", afirmou.
O tucano defendeu projeto de limpeza do rio Pinheiro, que atravessa a capital paulista, como uma alternativa para abastecer a represa Billings, na Grande São Paulo
"Eu sempre fui um grande defensor desse projeto. Houve um questionamento no passado do Ministério Público, mas acho que podemos retomar esse trabalho", disse.
O governador disse ainda que a meta da gestão estadual é reduzir de 19% para 16% as perdas de água da Sabesp, empresa de saneamento, até 2018.
HELICÓPTERO
O governador apresentou nesta quinta-feira (12) ações da administração estadual para garantir segurança durante o feriado do Carnaval.
Para o anúncio, que foi feito em bairro da capital paulista próximo à cidade de Diadema (SP), ele se deslocou de helicóptero.
Perguntado o motivo de ter utilizado o veículo aéreo em um período de ajuste fiscal em todo o país, o tucano afirmou que o helicóptero é utilizado para "ganhar tempo".
"Se tem alguém que fez economia, foi o governo estadual", disse. "A maioria dos estados brasileiros tem dois ou três aviões. O governo paulista, que tem o PIB duas vezes maior que o da Argentina, não tem avião nenhum. Tem um helicóptero que é usado para ganhar tempo", acrescentou.