As equipes que atuam no incêndio de tanques de combustível em Santos, no litoral de São Paulo, mudaram o foco da operação e passaram a tentar conter o avanço das chamas.
O Corpo de Bombeiros desistiu de combater o fogo, que se espalhou na tarde desta sexta-feira (3), e busca agora evitar que as chamas atinjam tonéis próximos aos incendiados.
Os tanques, que armazenam etanol e gasolina, pertencem à Ultracargo. Ao todo, a empresa tem 30 reservatórios no local, cada um deles com capacidade de 6.000 metros cúbicos.
Segundo o comandante das operações do Corpo de Bombeiros no incêndio, Wagner Bertolini Júnior, o resfriamento das chamas "é a única estratégia viável". Ele explicou que, devido às altas temperaturas nos tanques, a água evapora e não consegue debelar o incêndio.
Há risco de colapso dos tanques, como ocorreu em um deles na noite de quinta-feira (2). As paredes de um dos reservatórios cederam devido ao calor.
Os bombeiros não estipularam um prazo para o término do incêndio e ainda não têm indícios das causas do acidente.
Segundo Bertolini Júnior, o vento no local tem prejudicado o trabalho dos bombeiros, que usam jatos de espuma para resfriar os tanques vizinhos aos cinco incendiados. "Complica a força dos jatos. A espuma é mais sensível ao vento", disse ele, comparando a ação de combate às chamas a um "dragão preso em uma gaiola".
Mais de cem homens, entre bombeiros e brigadistas, trabalham desde a madrugada no incêndio, na região portuária de Santos.
O gerente ambiental da Cetesb, César Eduardo Valente, disse que não houve mortandade de peixes e que a fumaça não é prejudicial à saúde.
A companhia só irá avaliar a punição à Ultracargo quando o incêndio for controlado, afirmou.