Paciente com suspeita de ebola está 'calmo', diz Fiocruz

Caso a presença do vírus causador do ebola não seja detectada, ele vai passar por um novo exame em 48 horas
Da Folhapress
Publicado em 12/11/2015 às 16:10
Caso a presença do vírus causador do ebola não seja detectada, ele vai passar por um novo exame em 48 horas Foto: Divulgação


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou na tarde desta quinta-feira (12) o primeiro boletim de saúde do brasileiro suspeito de ter contraído ebola durante uma viagem ao continente africano.

O homem, que estava em Belo Horizonte (MG), chegou ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), centro de referência de tratamento do ebola, da Fiocruz, por volta de meia-noite. E foi submetido de imediato a um exame de sangue.

O resultado deve sair em 24 horas. Caso a presença do vírus causador do ebola não seja detectada, ele vai passar por um novo exame em 48 horas. O segundo resultado também deve ser obtido em 24 horas.

De acordo com boletim médico divulgado pela fundação, ele foi recebido em bom estado, sem apresentar febre, lúcido e cooperativo, embora apresente um quadro de desidratação.

Ainda segundo o documento, o paciente foi informado da suspeita de ter contraído ebola e "está ciente da necessidade de isolamento. Está calmo em relação a isso".

O homem vai ficar por tempo indeterminado isolado em uma ala do instituto. Apenas seis agentes de saúde (dois médicos infectologistas, dois enfermeiros e dois profissionais de desinfecção), divididos em dois grupos que atuarão em turnos, terão contato com o paciente.

O acesso à ala em que o paciente ficará de resguardo só pode ser feito com a utilização de roupas, botas e capacetes especiais, informou a assessoria da Fiocruz.

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas vai seguir com seu funcionamento normal, atendendo os demais pacientes em outras alas. O local tem capacidade para trinta leitos.

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira que o paciente é um homem brasileiro, de 46 anos, que esteve recentemente em Guiné, um dos países assolados pelo ebola.

Ele retornou ao em 6 de novembro, e dois dias depois passou a apresentar sintomas, como febre alta, dor muscular e dor de cabeça.

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