O rompimento de uma tubulação no Terminal Terrestre de Cubatão da Transpetro (Petrobras Transporte S.A.), no litoral sul de São Paulo, por volta de 18h30 desta terça-feira (22), provocou vazamento de petróleo, contaminando o Rio Cubatão, usado para o abastecimento de água de aproximadamente 1 milhão de pessoas em Cubatão, Santos e São Vicente.
"Ainda não é possível afirmar o volume que vazou e nem a amplitude dos danos ambientais. Há possibilidade de erro operacional", explica Marcos da Silva Cipriano, gerente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em Cubatão. "O trabalho de contenção já foi feito e agora as equipes atuam na limpeza e remoção do material", destaca o gerente.
A própria Transpetro acionou a Cetesb às 21h. Em nota, a empresa afirma que, ao detectar o incidente, adotou imediatamente as ações de contingência e o vazamento foi interrompido. "O produto atingiu o Rio Cubatão. As equipes de emergência da Transpetro foram acionadas e instalaram barreiras, contendo imediatamente o produto que chegou ao rio", diz a companhia.
"As causas do incidente estão sendo apuradas e as autoridades competentes foram informadas. O Terminal de Cubatão opera normalmente", ressalta a Transpetro.
A Prefeitura de Cubatão informou que duas equipes da Secretaria de Meio Ambiente, uma da Secretaria de Manutenção e Serviços Públicos e uma da Comissão Municipal da Defesa Civil de Cubatão estão atuando na retirada do óleo.
"O secretário de Meio Ambiente, Eugenio Augusto da Silva Júnior, e o coordenador da Defesa Civil de Cubatão, José Antonio dos Santos, estão no local acompanhando o trabalho das equipes. O material que vazou está sendo retirado com a ajuda de um caminhão hidrovácuo. Sete barreiras de contenção do material foram colocadas ao longo do rio, por técnicos da Transpetro. Até o momento não é possível avaliar o total da área atingida", diz a Prefeitura.
Conforme informações da Sabesp, pode haver falta de água na região. "O manancial atingido pelo vazamento fornece água à Estação de Tratamento de Água (ETA) Cubatão. Houve redução preventiva da produção no sistema, responsável por quase 50% da água produzida na região. Barreiras absorventes foram instaladas logo após a ocorrência para que o produto não se alastrasse e técnicos da companhia seguem monitorando a situação do rio", diz a Sabesp.