Após ser vítima de estupro por 33 homens, a adolescente carioca de 16 anos agora tem que conviver com a falta de respeito nas redes sociais. Na mesma rede em que o vídeo do estupro foi postado, Twitter, um perfil foi criado para disseminar fotos da garota, na tentativa de argumentar a favor da violência sofrida por ela.
Leia Também
- Spotify faz playlist para protestar contra a cultura do estupro
- Estupro: campanha da PCR incentiva o respeito às mulheres
- Caso Maria Alice: padrasto acusado de estupro e morte permanece preso
- Secretário: polícia não descansará até prender suspeitos de estupro
- Polícia investiga envolvimento de cinco pessoas em estupro no Piauí
- Alerj solicita dados à Polícia Civil para acompanhar caso de estupro
- Ministro da Justiça diz que estupro é a maior violência à dignidade da mulher
- ''Não dói o útero e sim a alma'', diz adolescente vítima de estupro coletivo
- Quatro suspeitos de estupro no Rio são identificados
Nas postagens, o perfil TREMBALA FALANDO (@inocenteaonde) justifica que "tem muita gente confundindo bacanal com estupro" e critica a cobertura mídiática do caso.
Fotos de uma garota com armas e em posições sensuais sugerem, de acordo com as descrições das postagens, que a vítima na verdade teria tanta culpa quanto os criminosos.
Minutos após a divulgação do conteúdo, a conta foi suspensa do Twitter.
O CASO
A adolescente de 16 anos foi vítima do estupro coletivo na última sexta-feira (20) e teve o vídeo do crime divulgado na internet nessa quarta-feira (25). Quatro jovens que participaram da ação brutal já foram identificados pela polícia do Rio de Janeiro, mas até o momento ninguém foi preso.
Após realizar exames e prestar depoimento, a garota postou um relato na internet para agradecer o apoio e disse após a violação "não dói o útero e sim a alma".