A Marinha fez nesta terça (19) um exercício de desembarque de 90 fuzileiros navais no Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio, simulando a necessidade de militares intervirem em um protesto violento, durante os Jogos Olímpicos. O exercício também contou com um helicóptero, que treinou a evacuação de feridos.
Segundo o comandante do Grupo-Tarefa Terrestre da Marinha, contra-almirante Ricardo Pilar, o exercício é importante para testar as vias marítimas e aéreas que serão usadas durante os Jogos. “Deslocamos nossos homens da Ilha do Governador até aqui, tudo em uma hora e meia." De acordo com Pilar, é um tempo razoável, embora não pareça. "Afinal, já teremos militares posicionados em terra em alguns pontos da zona sul para agir imediatamente em caso de necessidade.”
O comandante destacou que o deslocamento marítimo só será realizado em caso de colapso no trânsito da cidade, que ainda contaria com o apoio aéreo para reforço de tropa.
Ricardo Pilar informou que o pessoal da Marainha trabalhará em conjunto com a Polícia Militar e outros órgãos de segurança pública do Rio de Janeiro, sempre que a tropa for acionada em casos específicos, isto é, quando não forem suficientes os que estão em terra ou a pedido de autoridades.
"A ameaça de um ataque terrorista também deve ser considerada, mas estamos preparados, contando com nosso grupo antiterror. Temos cerca de 3,1 mil homens posicionados na Ilha para essas emergências”, acrescentou o comandante. Ao todo, cerca de 6 mil homens da Marinha trabalharão nos Jogos Rio 2016 em vias aéreas, terrestres e marítimas.
A partir do dia 24 deste mês a Marinha começará a atuar nas ruas do Rio como força de polícia para assegurar a segurança da cidade no período da Olimpíada e da Paralimpíada.