Morte de Fidel ressuscita rivalidade nas redes sociais

Apesar da rivalidade nas redes, o ex-presidente Lula foi aparentemente poupado de críticas ao homenagear Fidel
Estadão Conteúdo
Publicado em 27/11/2016 às 13:36
Apesar da rivalidade nas redes, o ex-presidente Lula foi aparentemente poupado de críticas ao homenagear Fidel Foto: Foto: Reprodução / Facebook


A morte de Fidel Castro ressuscitou nas redes sociais brasileiras o clima de rivalidade dominante durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na nova etapa do 'Fla-Flu' virtual, admiradores do líder cubano buscaram na gaveta fotos de visita à ilha caribenha para ilustrar suas homenagens ao "comandante", enquanto os críticos ao regime reclamaram que o "ditador" foi tratado com condescendência pela classe política. 

Seguidores do senador Aécio Neves no Facebook se revoltaram com uma foto publicada por ele ainda jovem em um almoço com Fidel. No texto que ilustrou a imagem, o tucano disse que Castro foi, sem dúvida, "um dos grandes líderes do nosso tempo". Apesar de ter finalizado a mensagem dizendo que Castro "não permitiu avanços na direção das liberdades democráticas", Aécio foi bombardeado nos comentários. 

"Fala sério. Aécio homenageando um dos maiores ditadores da América Latina, um genocida esquerdista", escreveu a internauta Claudia Caldarone. Até o MBL, um dos grupos que organizou as manifestações contra Dilma com apoio do PSDB, produziu um post para criticar o tucano, intitulado "Que nojo Aécio Neves". 

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi aparentemente poupado de críticas ao homenagear Fidel no Facebook com um vídeo no qual pinta o nome dele na parede de seu sítio Los Fubangos, em São Bernardo do Campo. Misteriosamente não haviam comentários críticos ao líder cubano na caixa de comentários. 

A maioria dos internautas que comentou a pintura de Lula aproveitou para "comparar" a importância dos dois líderes. "Duas grandes lideranças que nasceram para mudar o mundo", escreveu Walcy Pevitale. O escritor Fernando Morais, autor de vários livros sobre Cuba, revelou no Facebook que "esvurmou" de sua timeline pelo menos trinta seguidores que criticaram Fidel. "A notícia que o gato morreu deixou a rataiada excitada", postou. 

Uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma, a advogada Janaina Pascoal usou o Twitter para reclamar do tratamento que Fidel recebeu após sua morte. "Não gosto de desrespeitar os mortos, mas as notas de autoridades sobre Fidel estão me irritando. Parece um santo. Poupe-nos", escreveu ela, sem citar nomes. 

Bolsonaro

Conhecido por suas declarações polêmicas, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) gravou um vídeo comemorando a morte de Fidel. "Um super bom dia a todos, afinal Fidel Castro Mor-reu". O parlamentar disse, ainda, que o cubano "está ardendo nas profundezas do inferno" onde terá ao lado "ídolos do PT, PCdoB e Psol".

Confira o vídeo:

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