O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, César Benjamin, determinou a suspensão, por prazo indeterminado, das aulas em 15 escolas localizadas nas favelas do Jacarezinho e de Manguinhos. As duas comunidades têm sido palco, há mais de dez dias, de tiroteios diários entre policiais e traficantes. Nesta segunda-feira (21), os dois locais foram alvo de operação conjunta entre forças de segurança estaduais e federais.
Em comunicado divulgado no início da noite, Benjamin explicou os motivos que levaram à suspensão das aulas, após reunião com 26 diretores de escolas, com a presença do prefeito Marcelo Crivella.
“Definimos um polígono em que as aulas devem ser provisoriamente suspensas, de modo a retirar dos diretores e diretoras a responsabilidade por essa decisão, que tem se mostrado estressante e arriscada. Nesse polígono encontram-se 15 escolas”, escreveu o secretário na nota.
De acordo com o comunicado, as escolas que permanecerão fechadas até o arrefecimento do conflito são: creches municipais Tia Andreza, Marcília Catarina (Tia Mana), Comunidade do Jacarezinho e Geralda de Jesus; Cieps Willy Brandt e Vinícius de Moraes; escolas municipais José Lins do Rego, Pernambuco, George Sumner, Estado da Guanabara, Oswaldo Cruz, Pace e Riode Janeiro e espaços de desenvolvimento infantil Padre Nelson e Brício Filho.
Outras 11 escolas poderão reduzir seus horários de funcionamento, de acordo com as respectivas Coordenadorias Regionais de Ensino (CREs). Desde o agravamento dos conflitos, há 11 dias, sete pessoas morreram no Jacarezinho, a maioria moradores, atingidos por balas perdidas.