O ministro da Defesa, Raul Jungmann, viajou nesta quinta-feira a Porto Príncipe para oficializar a saída dos últimos capacetes azuis brasileiros do Haiti, ao final de uma missão de paz das Nações Unidas que durou 13 anos.
Neste período, 37.500 soldados brasileiros da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) foram enviados ao país caribenho para colaborar com a polícia haitiana na segurança, especialmente em Cité Soleil, principal favela da capital.
Durante a cerimônia oficial de retirada do batalhão brasileiro, a chefe da Minustah, Sandra Honoré, que dirige a missão desde maio de 2013, destacou que "nos bairros como Bel Air e Cité Soleil, vocês eram com frequência alvo de hostilidades e enfrentavam ameaças físicas, mas persistiram, com profissionalismo, dedicação e humanismo, em seus esforços para deter a violência e restaurar a paz".
A Minustah, enviada sob o comando brasileiro em 2004 para ajudar a conter a violência desatada após a partida do presidente Jean-Bertrand Aristide, jamais conseguiu ganhar a confiança dos haitianos, especialmente dos numerosos seguidores de Aristide, que sempre consideraram a missão da ONU como um exército de ocupação.
A Minustah será substituída por outra missão, batizada Missão da ONU de Suporte à Justiça no Haiti (MINUJUSTH), encarregada de treinar a polícia haitiana, com um contingente total de 1.275 homens.