Jungmann: 'Deixar Exército muito tempo no Rio é dar férias a bandidos'

'Nós entendemos que deixar as Forças Armadas fazendo o policiamento por longos períodos em comunidades do Rio é dar férias aos bandidos', disse o ministro da Defesa
Estadão Conteúdo
Publicado em 17/10/2017 às 13:40
'Nós entendemos que deixar as Forças Armadas fazendo o policiamento por longos períodos em comunidades do Rio é dar férias aos bandidos', disse o ministro da Defesa Foto: Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil


O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse na manhã desta terça-feira (17) que a permanência das Forças Armadas em comunidades do Rio de Janeiro "não leva a resultados" (positivo). "Nós entendemos que deixar as Forças Armadas fazendo o policiamento por longos períodos em comunidades do Rio é dar férias aos bandidos."

Em entrevista à TV Estadão, o ministro afirmou ainda que o papel das Forças Armadas no Rio de Janeiro é de apoiar a demanda das polícias e da Segurança no Estado. "Nós fazemos o cerco, fazemos varreduras, atuamos na inteligência apoiando as ações das polícias, até porque são as polícias que recebem as ordens de prisão, as ordens de busca e apreensão, e nós atuamos no apoio", explicou.

Prejuízo

Jungmann afirmou que o custo para manutenção das Forças Armadas nas comunidades do Rio de Janeiro "é altíssimo". Ele lembrou que, por R$ 400 milhões, o Exército passou um ano e meio na comunidade da Maré, no Rio, em 2015, e que quando saíram o crime voltou. "Quando nós estamos lá, eles (criminosos) se retraem, mas quando saímos, eles voltam. Isso é jogar dinheiro fora", disse.

Ainda de acordo com o ministro, o combate a criminalidade é feito através de ações de inteligência e as Forças Armadas não atacam a capacidade operacional do crime.

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