Os bombeiros se preparavam nesta segunda-feira (3) para entrar nas ruínas do Museu Nacional do Rio de Janeiro, devastado na noite anterior por um incêndio, para verificar se ainda há algo que possa ser salvo de seu imenso patrimônio, declarou à AFP um porta-voz do organismo.
A operação é perigosa, em razão dos riscos de desabamentos. "A fachada é bem resistente, mas muita coisa caiu do teto", afirmou o porta-voz.
"Vamos proceder com muito cuidado para ver se a gente consegue salvar alguma coisa", indicou, acrescentando: "desconheço se alguma sala foi preservada".
O Museo Nacional era o maior de história natural e antropológico da América Latina, com mais de 20 milhões de peças e uma biblioteca de mais de 530.000 obras.
Criado em 1818 por Dom João VI e instalado desde 1892 no antigo palácio imperial de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, abrigava igualmente um excepcional jardim botânico de 40 hectares.